"Quem vive pelo preço, morre pelo preço". Esta foi a análise feita à Revismarket por António Fonseca, Country Manager e director comercial da Grundig Portuguesa, da estratégia que a Grundig não vai acompanhar no mercado nacional. À margem da conferência de imprensa de apresentação da "nova Grundig", depois da aquisição da marca pelo grupo turco Koç, realizada esta tarde no Hotel Sheraton, António Fonseca avançou que a estratégia em Portugal passa pelo reforço da quarta posição no mercado de electrónica de consumo, já consolidada pelos oito por cento de quota, citando dados AGEFE, uma estratégia assente no "apoio ao consumidor final e ao ponto de venda, criando espaços Grundig, e estando presente em todos os canais de distribuição".
O Country Manager da Grundig está convicto de que a marca tem o seu espaço no mercado português e que pode ser uma "alternativa credível às marcas que estão a competir desmedidamente pelo preço, comprando mercado e sem consolidar o futuro". Afastando, desde logo, uma noção de marca de primeiro preço, António Fonseca garantiu que o posicionamento da Grundig está no segmento médio-alto, o que será feito através de uma distribuição qualitativa, em todos os canais de distribuição, incluindo a distribuição moderna, dando mais-valias às lojas, permitindo-lhes ser rentáveis com a marca, através de boas margens e de uma gama de produtos muito competitiva. "A aquisição pelo grupo Koç vem também possibilitar o desenvolvimento de novas áreas de negócio, como o Medical care, o ar condicionado, a linha branca, os notebooks e monitores, que vêm credibilizar a marca e dar um maior conforto em termos de mix de margem".
Esta postura já deu, na opinião de António Fonseca, os seus frutos, pelo volume de negócios esperado para o ano fiscal que termina no próximo dia 31 de Março e onde deverá ser atingida a fasquia dos 20 milhões de euros. Mas o director geral da Grundig Portuguesa tem objectivos mais ambiciosos e espera ampliar esse volume para os 50 milhões de euros, dentro dos próximos três anos. As sinergias criadas pela aquisição do grupo Koç, em Dezembro passado, deverão permitir este crescimento, até porque a operação portuguesa irá ser pioneira no desenvolvimento de algumas dessas novas áreas de negócio, como é o caso do ar condicionado, já no curto prazo.
Por outro lado, tendo conseguido já imprimir uma nova visibilidade à marca, bem expressa na quarta posição no mercado de electrónica de consumo, o segundo passo é a sua projecção junto do consumidor. Neste ponto insere-se a acção hoje realizada junto dos jornalistas, que dá início a uma nova forma de comunicar da Grundig, mais intensiva e efectiva, junto dos media e do consumidor final. Já neste trimestre a marca vai iniciar o seu plano de comunicação, estando previsto um investimento de meio milhão de euros em publicidade e marketing. Da nova linha de comunicação faz já parte o novo "claim" "Uma marca, cinco continentes", adoptado no seguimento da aquisição pelo grupo Koç, para dar a conhecer que a Grundig tem agora uma estratégia global, graças à experiência do seu novo accionista em mais de 100 países. Esta mesma estratégia será, de resto, apresentada esta noite e amanhã aos parceiros de negócio Grundig.
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