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75% dos portugueses querem ser vacinados quando a vacina contra a Covid-19 ficar disponível
2020-08-25

Investigadores da Nova SBE juntaram-se a equipas da Universidade de Hamburgo, da Rotterdam Erasmus University e da Bocconi University para saberem como lida a população europeia com a ameaça do vírus e até que ponto confiam e seguem os europeus as decisões políticas em torno da pandemia.

As conclusões da segunda vaga da pesquisa, que envolveu sete países – Alemanha, Dinamarca, França, Holanda, Itália, Portugal e Reino Unido –, são agora conhecidas revelando, entre outros indicadores, que 75% dos portugueses tencionam ser vacinados contra a Covid-19 quando a vacina ficar disponível e 70% está completamente confiante de que a vacina será segura.

Disposição para vacinar

Entre a primeira vaga de inquéritos de abril e esta segunda vaga, os portugueses mantêm-se como os europeus que maior vontade demonstram de virem a ser vacinados contra a Covid-19 assim que a vacina estiver disponível, numa percentagem de 75%. Inclusive, na faixa etária dos 55 aos 64 anos, ocorreu um ligeiro aumento na disposição de vacinar (mais pontos percentuais). Os homens são os que se mostram mais dispostos a vacinarem-se (78%), assim como indivíduos com alta escolaridade (78%). Além disso, aqueles que conhecem alguém oficialmente diagnosticado com Covid-19 estão mais dispostos a vacinar do que aqueles que não conhecem ninguém com Covid-19 (81% vs 74%).

A pesquisa revela ainda que 70% dos portugueses estão completamente confiantes de que a vacina contra a Covid-19 será segura, subindo a percentagem de confiança nos que têm entre 55 e 64 anos, entre os quais, 79% acredita na segurança da vacina.

Inquiridos quanto à possibilidade da vacina poder não estar disponível em número suficiente para que todos sejam vacinados imediatamente, os portugueses acreditam que a prioridade deve ser definida por uma equipa nacional de especialistas (73%), pelas organizações de saúde que administram a vacina (68%) e pelo Ministério da Saúde (52%).

Preocupação em relação aos efeitos da pandemia

Embora, em comparação com a primeira vaga do estudo, realizada em abril, os portugueses se mostrem agora menos preocupados com o impacto da pandemia na economia e saúde (com exceção dos Açores), as preocupações com as consequências permanecem altas.

De entre os países europeus envolvidos na pesquisa, em Portugal é onde existe uma maior preocupação com o impacto da pandemia, revelando que 67% dos portugueses estão muito preocupados com a eventual sobrecarga do sistema de saúde ou temem perder uma pessoa próxima, enquanto que na Europa a percentagem varia entre 23% e 60%.

Quanto às preocupações económicas, 78% dos portugueses mostram-se receosos quanto à perda de negócios das pequenas empresas (contra 36%-71% noutros países da União Europeia) e 57% teme ficar desempregados (contra 13%-51% noutros países da União Europeia).

Apps de rastreamento nos telefones

A pesquisa focou-se ainda em perceber o grau de aprovação ou desaprovação de medidas políticas adotadas (ou que provavelmente serão tomadas) pelos governos nacionais para combater o surto de Covid-19. Em particular, abordaram-se tópicos como encerramento de escolas, proibição de ajuntamentos, fecho de fronteiras, proibição de exportação de equipamentos médicos, multas por violação de quarentena, verificações aleatórias de temperatura, recolher obrigatório, suspensão de transporte público e utilização de dados móveis para monitorizar os casos de Covid-19.

Comparado com os resultados da primeira vaga, a percentagem de portugueses que aprovam políticas de contenção diminuiu de 79% para 67%, enquanto que o número de entrevistados indiferentes aumentou em 10 pontos percentuais. Ainda assim, o apoio das pessoas às políticas de contenção em Portugal ainda é o mais alto da Europa (de entre os países cobertos pela pesquisa).

Quanto às medidas, 47% dos portugueses desaprovam o levantamento das restrições nas fronteiras na União Europeia e 35% revela-se contra a instalação de uma aplicação de rastreamento Covid-19 no seu telefone. Esta desaprovação tende a ser mais reprovada por pessoas com nível de educação superior (40% contra).

Para 37% dos portugueses, o desconfinamento está a acontecer muito rapidamente

Em toda a Europa, há uma tendência para muitas pessoas sentirem que o relaxamento das restrições esteja a acontecer de forma muito rápida e, segundo esta pesquisa, Portugal não é exceção, em particular nas regiões do Alentejo, Lisboa e Centro do país. Em termos de faixas etárias e género, são os mais novos que percecionam como muito rápido o levantamento das restrições, assim como as mulheres (42% das mulheres vs. 31% dos homens).

Em contrapartida, 10% das pessoas em Portugal consideram que o retorno à normalidade está acontecer muito lentamente.

Nesta segunda vaga da pesquisa, os inquiridos foram também questionados quanto aos locais onde se sentem mais protegidos. O maior ceticismo é encontrado em relação a locais religiosos e academias de fitness, enquanto a visita ao médico causa a menor preocupação, seguida supermercados, restaurantes e cabeleireiros.


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L.Branca/PAE

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