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A Crédito y Caución prevê que a Ásia recupere o dinamismo em 2022
2021-11-02

O crescimento asiático viu-se claramente afetado em 2021. O aumento dos casos de Covid-19 devido à variante Delta e a adoção de novas medidas de confinamento para controlar os surtos tiraram impulso à sólida recuperação que se iniciou em 2020. A maioria das economias asiáticas apresenta taxas de crescimento do PIB decrescentes ou negativas. No entanto, de acordo com o mais recente relatório sobre a Ásia divulgado pela Crédito y Caución, a desaceleração não durará muito. A seguradora de crédito prevê que a recuperação económica seja retomada nos próximos trimestres e que a Ásia volte a ocupar a sua posição habitual como região de maior crescimento do mundo. A política fiscal e a procura externa serão os principais motores de crescimento no fecho de 2021 e em 2022.

As perspetivas de crescimento das distintas economias asiáticas diferem de país para país, dependendo, em grande medida, das suas taxas de vacinação que, antes do verão, estavam claramente atrás da Europa e da América do Norte. Os efeitos da variante Delta aceleraram as campanhas e a China, Malásia, Japão e, em menor escala, a Coreia do Sul já se aproximam dos níveis alcançados pelos países ocidentais. Neste contexto, a recuperação económica na Ásia voltará a retomar, embora com claras diferenças.

Na China, o enfoque na "tolerância zero" face aos surtos, juntamente com os problemas do setor imobiliário, levaram os consumidores e as empresas a adotarem uma posição de cautela. No entanto, a Crédito y Caución espera uma recuperação do crescimento no quarto trimestre que eleve o crescimento do PIB para 5% no comparativo anual. O papel da China nas cadeias de fornecimento internacionais permanece intacto, mas a rivalidade geopolítica com os Estados Unidos e países como a Índia, Japão e Austrália é um risco de baixa.

Juntamente com a China, o Vietname é a única outra economia relativamente grande da Ásia que não sofreu uma contração do PIB em 2020 e que apresentará taxas de crescimento elevadas tanto em 2021 como em 2022. Apesar das fortes restrições nas suas principais cidades e do encerramento de várias fábricas devido à pandemia, a recuperação económica continua, impulsionada por um setor exportador próspero.

No Japão, o impacto da nova vaga pandémica nos gastos dos consumidores e no investimento das empresas foi relativamente moderado, apesar do estado de emergência nas suas principais cidades. Os dados das exportações foram sólidos, graças à forte procura mundial de bens de maquinaria. Prevê-se que a taxa de vacinação, próxima dos níveis de outros países desenvolvidos, e o contínuo apoio fiscal e monetário permitam recuperar o PIB pré-pandemia em 2022.

Na Índia, os confinamentos locais geraram uma forte contração no segundo trimestre e após a rápida reabertura da economia uma forte recuperação no terceiro trimestre. Com os balanços das famílias e das empresas debilitados e com a necessidade de travar a despesa pública, a economia indiana é propensa a sofrer novos retrocessos. O risco de uma nova vaga que debilite o crescimento é real, dado o baixo nível de vacinação.

A economia da Coreia do Sul apresenta-se estável apesar da pandemia, com uma proporção relativamente elevada da população totalmente vacinada e fortes estímulos fiscais. A sólida procura de semicondutores e a recuperação do comércio mundial serão os principais motores do seu crescimento, embora o enfraquecimento da procura por parte da China seja um risco de baixa nas perspetivas.

A economia da Indonésia foi afetada pelas medidas de confinamento em vigor nos dois últimos trimestres, embora os estímulos fiscais e monetários possam evitar que volte a cair em recessão. Para 2022, a possível queda dos preços das matérias-primas, mais da metade das suas exportações, é um risco de baixa nas perspetivas económicas.

Na Tailândia, onde o turismo representa 20% do PIB, as restrições às viagens foram lastro para o crescimento. Além disso, a escassez mundial de semicondutores perturbou as exportações de automóveis e de artigos de eletrónica. A recuperação não ganhará impulso até meados de 2022, quando grande parte da população estiver totalmente vacinada.

As Filipinas também sentem o impacto negativo da pandemia sobre o seu setor turístico. Contudo, um renovado pacote fiscal apoiará a procura interna em 2022, enquanto a despesa extra em infraestruturas ajudará o setor da construção.

A menor procura externa travou a recuperação económica da Malásia de forma bastante brusca. As perspetivas, no entanto, são bastante boas, graças aos progressos no seu programa de vacinação.

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L.Branca/PAE

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