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Os cinco objetos que os cibercriminosos estão a utilizar para espiar as nossas casas
2021-03-10

A Check Point® Software Technologies Ltd. (NASDAQ: CHKP), fornecedor líder global de soluções de cibersegurança a nível global, acaba de publicar uma investigação sobre os cinco objetos mais utilizados pelos cibercriminosos para espiar indivíduos nas suas casas.

Estima-se que haja mais de 22 mil milhões de dispositivos conectados a redes Wi-Fi domésticas em todo o mundo e estudos sugerem que este número alcance os 38.6 mil milhões em 2025. Se por um lado oferece inúmeros benefícios, a híper conectividade contribui da mesma forma para um maior número de pontos de ataque suscetíveis a ser explorados por intrusos invisíveis.

“Telemóveis, Smart TVs, computadores e brinquedos são apenas alguns dos dispositivos que tendem a ser atingidos. O número de produtos que incluem uma câmara ou microfone cresce a cada dia que passa, o que pode tornar-se um problema se estiverem conectados à internet, sem dispor das devidas medidas de segurança,” começa por dizer Rui Duro, Country Manager da Check Point Portugal. “Tendo em conta as atuais restrições e a quantidade de pessoas em teletrabalho, não nos surpreende que os cibercrimininosos se estejam a focar nas potenciais falhas de segurança presentes nestes dispositivos, com o objetivo de extrair informações pessoais” termina o responsável.

Entre os dispositivos mais atingidos por cibercriminosos, incluem-se:

Televisões. A maior parte das televisões do mercado não só se conectam à internet, como incorporam uma câmara ou microfone para que os utilizadores possam fazer videochamadas através do seu televisor. Muitos modelos contam ainda com controlos de voz. É importante relembrar que estes dispositivos conseguem ouvir e ver tudo o que se passa na divisão em que estão, o que significa que o que parece ser um objeto inocente pode ser utilizado como ponto de entrada e visibilidade de um atacante para a sua casa. A melhor forma de evitar estes riscos é tapar a câmara quando não está em utilização ou restringir as permissões destas aplicações.

Computadores. Computadores e portáteis podem armazenar uma quantidade infinita de dados, quer pessoais, quer corporativos, o que, só por si, é já muito atrativo para ciberatacantes. Ambos têm funcionalidades de câmara e microfone que podem ser utilizadas por terceiros para espiar indivíduos e/ou obter ganhos financeiros. Tapar a câmara e restringir as permissões das aplicações pode ser uma forma de proteção da nossa privacidade. É importante também contar com soluções de segurança extensiva que analisem regularmente o estado do software, das aplicações e dos documentos, para que qualquer atividade maliciosa seja detetada imediatamente.

Telemóveis. O smartphone é o único dispositivo constantemente acusado de se intrometer na vida privada das pessoas. Com o número de funcionalidades presentes num telemóvel hoje em dia, a nossa localização e dados bancários nunca são totalmente secretos. É importante efetuar downloads apenas partindo de fornecedores oficiais e estar atento às permissões de acesso com as quais consentimos. Contar com soluções de segurança, como a Sandblast Mobile, uma solução de defesa contra ameaças, pode ajudar na proteção dos dispositivos móveis contra ataques avançados.

Brinquedos. Grande parte dos brinquedos vendidos atualmente são, na verdade, equipamentos eletrónicos, como drones, robots, aviões de controlo remoto, consolas de jogos. Todos habilitados à conexão com internet. Mesmo produtos mais tradicionais, como bonecos ou peluches, foram atualizados e fomentam a instalação de apps para obter mais funcionalidades, o que pode representar um risco para a privacidade das crianças. Alguns países europeus chegaram até a banir alguns brinquedos precisamente porque espiavam e extraíam informação sensível de menores.

Eletrodomésticos. Muitos dos nossos eletrodomésticos smart têm a capacidade de trabalhar por nós quando não estamos em casa. Em 2019, um robot de cozinha muito famoso vendido no Lidl incorporava, como se veio a descobrir mais tarde, um microfone que gravava as conversas dos compradores. Infelizmente, não é caso único. Recentemente, descobriu-se que a mais conhecida marca de aspiradores smart, a Roomba da iRobot’s, extraía informação a cada utilização. A empresa revelou ainda que os nossos dados pessoais poderiam ser vendidos a terceiros, já que não há qualquer norma que descarte a opção de partilhar os mesmos com outras empresas de tecnologia. Uma das principais funcionalidades do dispositivo é a sua habilidade de se localizar e planear os seus movimentos, à medida que vai sendo utilizado. Dados como estes podem ser de extremo valor para ciberatacantes.

“Os inúmeros dispositivos que hoje se conectam à internet facilitam as nossas vidas, sem dúvida. Mas muitas vezes desconhecemos as permissões de acesso que damos a estas ferramentas, não temos consciência das potenciais vulnerabilidades que podem ser exploradas por cibercriminosos. Pensando apenas na questão da privacidade, o número de dispositivos eletrónicos com webcam ou microfone cresceu significativamente nos últimos anos, desde smartphones aos tablets, Smart TVs, consolas de jogos e até os brinquedos mais tradicionais. Na Check Point, acreditamos que aprender a proteger estes dispositivos e ser conhecedor dos riscos que representam são passos essenciais para evitar ser uma próxima vítima,” acrescenta Rui Duro.


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L.Branca/PAE

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