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Portugal representa 27% do malparado vendido na Península Ibérica em 2019 09/03/2020, 09:40
2020-03-11

A Prime Yield, parte da Gloval, acaba de divulgar a edição de 2020 do seu estudo “Keep an Eye on the NPL & REO Markets”, focado no potencial de negócios de Non-Performing Loans (NPL, ou o chamado crédito malparado) em Portugal, Espanha, Grécia e Brasil, mercados onde a empresa está presente e bastante ativa.

“Os ‘players’ de todo o mundo olham para estas carteiras de dívida como uma oportunidade interessante de investimento, numa altura em que, apesar das boas perspetivas económicas e dos avanços feitos, muitos países continuam a ter elevados stocks de NPL para resolver no seu sistema financeiro. Para países europeus, como Portugal, Espanha e Grécia, ou o Brasil, na América Latina, a resolução desses problemas continua a ser urgente e ainda há muito por fazer. Por isso, desenvolvemos um estudo com um olhar específico sobre cada um destes mercados, com a noção de que se encontram em fases diferentes de maturidade e que, por isso, geram oportunidades diferentes para perfis de risco também diferenciados. O estudo quer, assim, disponibilizar uma ferramenta de valor acrescentado para quem pretende estar bem posicionado no competitivo mercado de NPL”, diz Nelson Rêgo, diretor geral da Prime Yield e responsável pelos serviços de avaliação de portfólios da Gloval.

O “research” da Prime Yield conclui que 2019 foi outro ano de grande dinâmica para a venda de portfólios de crédito malparado na Península Ibérica, com o volume de investimento agregado a totalizar cerca de 30 mil milhões de euros. O mercado português representa 27% deste volume, estabilizando as vendas num patamar de oito mil milhões de euros, um máximo atingido, pela primeira vez, no ano passado e agora repetido. Espanha contribui com 73% do investimento em NPL neste território, mas, ao contrário de Portugal, registou uma descida no volume de vendas para cerca de 22 mil milhões de euros. Isto significa que o mercado espanhol está agora a consolidar-se neste patamar, depois de transacionar num pico excecional de 60 mil milhões de euros, em 2018. Quanto a 2020, a Prime Yield espera que ambos os mercados sigam a tendência de forte atividade de 2019. “Agora que o ‘boom’ das vendas dos grandes portfólios da banca parece ter ficado para trás em Espanha, os negócios no mercado secundário e as securitizações estão a ganhar ritmo. Isto significa que continuam a haver muitas oportunidades interessantes neste mercado, que é um dos mais maduros na Europa. Espera-se, assim, que a venda destas carteiras estabilize em 2020, seguindo o nível de atividade de 2019”, comenta Nelson Rêgo.

Quanto a Portugal, o responsável considera que, “seguindo a tendência de 2019, o apetite dos investidores pelo mercado português deverá manter-se em alta em 2020. A redução dos ativos não performativos continua a ser uma questão prioritária para os bancos portugueses nos próximos 12 meses, já que, apesar dos progressos conseguidos nos últimos quatro anos, Portugal continua a ter um dos rácios de NPL mais elevados da Europa”.

De acordo com este “research”, Portugal voltou a transacionar malparado em máximos em 2019, destacando-se a venda de portfólios de grande dimensão por parte de vários bancos, embora em 2020 se espere a colocação no mercado de carteiras mais granulares e de menor dimensão (com menos ativos residenciais). É seguro antecipar outro ano dinâmico em 2020, ainda que com um decréscimo nos volumes finais devido a essa menor dimensão das carteiras que vêm para o mercado. É também de notar que há cada vez menos investimentos oportunísticos, o que mostra que este sector está a entrar num período de maior maturidade, permitindo, ao mesmo tempo, que os vendedores minimizem as suas perdas e que os compradores mantenham um nível atrativo de retornos. O stock atual de malparado no sistema financeiro em Portugal é de 21.700 milhões de euros, numa redução de 29.300 milhões de euros face ao pico observado em junho de 2016. O rácio de NPL também recuou de forma expressiva, estando agora em 7,7% (compara com 17,9% em junho de 2016). Ainda assim, este é o terceiro rácio de NPL mais elevado na Europa.


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L.Branca/PAE

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