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Empresas capazes de escalar a inovação tecnológica geram o dobro do crescimento em receitas
2019-11-27

Um novo estudo da Accenture aponta para o enorme impacto que a adoção e investimento em tecnologia têm no desempenho financeiro das organizações, destacando os métodos e comportamentos adotados pelas empresas que são líderes nas suas indústrias.

O estudo intitulado “Full Value. Full Stop. How to scale innovation and achieve full value with Future Systems” baseia-se na análise a mais de 8.300 organizações, em mais de 20 indústrias e 20 países, e oferece insights sobre como escalar a inovação e alcançar o máximo valor dos investimentos em tecnologia. Esta análise foi desenvolvida para apoiar as empresas a compreender e eliminar o gap da concretização da inovação, isto é, a diferença entre o valor potencial e o concretizado dos investimentos em tecnologia.

O estudo dedicado aos “Future Systems” baseia-se no maior inquérito na área de IT alguma vez realizado pela Accenture a nível empresarial e inclui uma avaliação de tecnologias maduras e emergentes, como inteligência artificial (IA), blockchain e extended reality. Este estudo avaliou as empresas em três dimensões importantes: adoção de tecnologia, profundidade desta adoção e capacidade organizacional e cultural. Ao atribuir uma pontuação a cada um destes fatores-chave, o estudo determinou quais eram as empresas “Leaders” (primeiras 10%) e as “Laggards” (últimas 25%).

Ao analisar os indicadores de desempenho entre 2015 e 2023 (projeções), o estudo da Accenture identifica a relação entre a adoção da tecnologia e o valor alcançado, constatando que as receitas das empresas “Leaders” cresciam duas vezes mais do que as “Laggards”. Além disso, as empresas classificadas como “Laggards” foram responsáveis por perdas de 15% da receita anual só em 2018, podendo vir a perder potencial de crescimento de 46% das receitas até 2023 se não mudarem a sua abordagem à tecnologia.

Os executivos estão a investir significativamente em novas tecnologias, mas nem todas as empresas estão a retirar todos os benefícios da inovação como resultado desses investimentos, afirmou Rui Barros, Managing Director na Accenture Technology. Para serem competitivas no atual mundo orientado a dados, nesta economia chamada pós-digital, as organizações devem definir uma estratégia clara para a adoção de novas tecnologias e uma visão dos seus sistemas de futuro. Este estudo revela que as empresas que lideram a nível mundial estão a investir em sistemas sem barreiras, adaptáveis e radicalmente humanos baseados na cloud para maximizar a inovação, o desempenho e o valor de negócio.

Fundamentalmente, as empresas “Leaders” acreditam que humanos e máquinas podem fazer sobressair o que há de melhor em cada um, em simultâneo com o reforço das parcerias entre as organizações e os seus ecossistemas. Esta é uma das razões pelas quais as empresas estão motivadas a criar os chamados “Future Systems”, que o estudo define da seguinte forma:

Sem barreiras: Os sistemas sem barreiras aproveitam os limites pouco definidos no universo de IT, entre organizações, humanos e máquinas para criar espaços novos de promoção de ideias e parcerias.

Adaptáveis: Os sistemas adaptáveis aprendem, melhoram e adaptam-se por si mesmos, eliminando os obstáculos que atrapalham o crescimento dos negócios e capacitando os seres humanos a tomar melhores decisões e exponencialmente mais rápido.

Radicalmente humanos: Os sistemas radicalmente humanos falam, ouvem, veem e compreendem como os seres humanos, trazendo simplicidade a cada interação homem-máquina e criando vantagens para o futuro.

O estudo da Accenture concluiu que as empresas “Leaders” exibem uma mentalidade e uma abordagem distintas perante a adoção de tecnologia em toda a empresa e a transformação organizacional – por norma, em forte contraste com as empresas “Laggards”. Especificamente, as empresas “Leaders” estão a:

Adotar tecnologias rápidas e flexíveis: estas empresas estão a adotar tecnologias como a IA a uma taxa de 98% em comparação com apenas 42% das empresas “Laggards”. As empresas “Leaders” estão também a utilizar soluções que permitem dissociar dados, infraestrutura e aplicações. Na realidade, a adoção de tecnologias como DevSecOps, microservices e containers pelas empresas “Leaders” supera as empresas “Laggards” por uma vasta margem: 97% para 30%.

Adotar a cloud: As empresas “Leaders” estão muito mais avançadas no que diz respeito à adoção da cloud como forma de alavancar outras tecnologias, incluindo IA e analytics. A esmagadora maioria das empresas “Leaders” (95%) vê a cloud como um catalisador para a inovação, em comparação com apenas 30% das empresas “Laggards”.

Tratar os dados como um ativo corporativo: 90% das empresas “Leaders” tomam medidas para garantir a qualidade da informação em vez de confiarem em dados que não foram verificados ou que são potencialmente tendenciosos. Isto significa que 94% das empresas “Leaders” confiam que os seus dados são credíveis o suficiente para impulsionar mudanças no negócio, em comparação com apenas 64% das empresas “Laggards”.

Gerir o investimento em tecnologia de forma integrada: As empresas “Leaders” estão a alcançar um melhor alinhamento do negócio ao quebrarem efetivamente as barreiras entre o IT e os outros departamentos.

Aumentar o seu talento: As empresas “Leaders” estão a utilizar formação experiencial quase três vezes mais do que as empresas “Laggards”: 73% versus 24%. A utilização de IA e das advanced analytics, em áreas como a formação personalizada – prevendo as competências necessárias dos colaboradores e a correspondência das competências a adquirir dos colaboradores com os módulos de aprendizagem – está a ser feita por 87% das empresas “Leaders”, mas apenas por 35% das empresas “Laggards”.

Para maximizar o seu retorno no investimento em tecnologia, as organizações “Leaders” estão a apostar em tecnologias flexíveis, abertas e escaláveis baseadas na cloud, potenciando os dados como um ativo diferenciador, garantindo maior alinhamento entre o negócio e IT, estimulando a inovação e o talento de forma transversal a toda a organização, confirma Rui Barros.

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L.Branca/PAE

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