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Take away é uma opção cada vez mais atrativa para o consumidor
2019-10-08

A conveniência continua no topo das listas de compras dos consumidores, nos dias de hoje, fazendo com que os itens “to go” e as refeições prontas a consumir sejam uma oportunidade importante e um diferencial para os retalhistas. Além disso, segundo um relatório da Nielsen, os consumidores preparam apenas 4,6 jantares em casa, a cada semana, e a maioria dos clientes não está interessada em gastar mais de 30 minutos no tempo de preparação de uma refeição. Mesmo entre os cozinheiros domésticos, mais de metade gosta de usar ingredientes semi-preparados para ajudar a colocar a comida na mesa mais rápido. À medida que a conveniência evolui e se torna num fator cada vez maior nas decisões de compra, os retalhistas vão ter que examinar o seu foco num mercado que cresceu, em valor, em todos os seus segmentos.

O estudo “Radiografia do consumo atual na Restauração e Delivery” da Kantar conclui que mais de metade (51%) dos espanhóis compraram comida para entrega ao domicílio em 2018. Edurne Uranga, Consumer Director da Kantar Worldpanel Division e responsável pelo relatório, destaca que “marcas e cadeias enfrentam um novo terreno onde o consumidor é cada vez mais complexo, gasta menos e o faz de forma mais desestruturada – no trabalho, na rua, nos transportes públicos, etc; – e onde as linhas tradicionais de canais, restauração e grande distribuição, ficaram difusas”.

Alguns exemplos mostram claramente como esta linha, até agora tão marcada, está a tornar-se mais desfocada a cada dia. Hoje, hipermercados e supermercados já concentram 7% de todo o consumo fora de casa, com 59% de penetração e uma média de 18 visitas por ano. Atualmente, metade destas visitas é para comprar bebidas frias e snacks, mas previsivelmente, durante este ano, também se somarão as compras de refeições preparadas na hora, permitindo que o supermercado capture ocasiões tipicamente geridas pela restauração. “Vivemos numa época em que o imediato ganha importância crescente e os clientes estão habituados a obter respostas rápidas. Em consequência disso, são inúmeros os serviços que nascem para responder ao sentido de urgência. Nesta ordem de ideias, ficam explicados os crescimentos muito significativos, tanto em volume como em valor, que esta categoria tem apresentado nos últimos anos. A procura por este tipo de produtos está diretamente relacionada com alterações de estilo de vida dos consumidores, que cada vez têm menos tempo disponível e procuram soluções rápidas e/ou convenientes”, afirma Paulo Aleluia, Category Leader Take Away do Continente.

Segundo o responsável, o consumidor está cada vez mais bem informado e procura encontrar soluções mais simples, com maior qualidade e cada vez mais naturais e, como tal, o desenvolvimento de novos produtos, do lado da oferta, é uma realidade que contribui para desfazer o paradigma da “comida artificial” que estava associado ao pronto a comer.

De acordo com uma análise da Nielsen, relativa ao ano móvel findo a 19 de maio, a categoria de take away cresceu 10% em vendas em valor, atingindo os 187,9 milhões de euros. Já a categoria de cafetaria/pronto a comer destaca-se com um aumento de 15% nas vendas em valor, chegando aos 86,7 milhões de euros. E, por sua vez, as refeições e componentes refrigerados são responsáveis pela venda de 218 milhões de euros, representando uma evolução positiva de 7%. “As mudanças sociológicas a que temos vindo a assistir, nos últimos anos, trazem-nos um consumidor que pede mais tempo e menos esforço nas suas compras. Fatores como a rápida urbanização das populações, o aumento da densidade populacional, a redução dos agregados familiares, a sobrelotação dos transportes, entre outros, são indicadores de que o ‘shopper’ vive num ambiente hiperativo e hiperconectado. O desafio de manter o equilíbrio entre a vida profissional e pessoal é uma realidade, sendo esta uma das principais preocupações dos consumidores portugueses”, comenta Ana Paula Barbosa, Retailer Vertical Director da Nielsen.

Com mais confiança e mais disponibilidade para gastar, mais de metade dos consumidores portugueses afirmam que “vale a pena pagar mais por qualquer coisa que lhes faça poupar tempo”, segundo o estudo “ShopperTrends” da Nielsen. De acordo com Ana Paula Barbosa, os consumidores procuram conveniência na simplicidade e nas soluções que lhes permitam poupar tempo, que facilitem a sua vida ou que melhor se adequem às suas necessidades. Esta conveniência deve estar nos formatos das lojas, nos produtos, nas embalagens, nos serviços ou no recurso às novas tecnologias. No seguimento desta realidade, assiste-se, de facto, a crescimentos significativos em categorias como o take away, a cafetaria/pronto a comer e as refeições e componentes refrigerados.

Para além disso, segundo o relatório “The Quest for Convenience”, igualmente da Nielsen, também a compra online de refeições para entrega ao domicílio regista um dinamismo de 9% (2018 versus 2017), chegando já a 26% dos portugueses com acesso à Internet.

Com um comprovado aumento da procura de soluções de conveniência, a responsável da Nielsen confirma que “o tempo é, sem dúvida, a nova moeda de troca para os consumidores de hoje”.


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L.Branca/PAE

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