Em 2017, 46% dos inquiridos consideram que têm menor capacidade para adquirir bens e serviços, um valor inferior ao registado em 2016 (57%). Pelo contrário, para 15% dos portugueses o seu poder de compra aumentou ao longo deste ano. De acordo com os resultados do estudo Observador Cetelem Consumo 2017, 38% dos consumidores nacionais referem que o seu poder de compra se mantem estável.

As conclusões do Observador Cetelem Consumo 2017 apontam para a diminuição do número de portugueses que consideram que o seu poder de compra baixou. Se em 2016 o total de consumidores nacionais com essa perceção tinha atingido 57%, em 2017 o valor baixou 11 pontos percentuais e ficou-se pelos 46%. Este é um número acima da média global dos 15 países inquiridos no âmbito do estudo, que é cerca de 37%.

«Notamos uma melhoria geral do poder de compra, porém quase metade dos inquiridos dizem que a sua capacidade financeira está a diminuir. A confirmar-se a tendência, poderá ter impacto no consumo interno, uma das alavancas para o crescimento da nossa economia», considera Pedro Camarinha, Diretor Distribuição do Cetelem.

Pelo contrário, 15% dos portugueses inquiridos referem que o seu poder de compra aumentou (mais 4% que o registado no ano passado), o que se encontra próximo da média dos 15 países que integram este painel, que é de 18%. Para 38% dos portugueses, o seu poder de compra mantém-se estável, o que significa uma quebra face ao ano trasato, menos 5 pontos percentuais. Este é mais outro dado que se encontra abaixo da média global do estudo, que aponta para 45% de consumidores com poder de compra estabilizado.

De acordo com o Observador Cetelem Consumo 2017, 25% dos portugueses consideram também ter um rendimento superior ao da maioria dos seus concidadãos, ao passo que para 39% o seu poder de compra é inferior. 37% dos portugueses indicam, ainda, que o seu rendimento se encontra dentro da média nacional.