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Alibaba está a posicionar-se para a expansão global
2017-10-04

A Alibaba deve mudar de mentalidade e posicionar-se para a expansão global. A afirmação é de Jack Ma, fundador da empresa chinesa de comércio eletrónico.

Numa entrevista ao Bloomberg, o gestor confirmou que a empresa está de olhos postos no sector das "department stores", na computação na nuvem e no entretenimento. A entrevista foi dada por ocasião do 18.º aniversário da Alibaba, negócio iniciado em 1999 no apartamento de Jack Ma e que está atualmente avaliado em 458 mil milhões de dólares.

A conversa abordou a estratégia seguida pela empresa para lidar com a concorrência e os desafios que enfrenta. Jack Ma defende que a Alibaba tem de mudar de mentalidade, dada a dimensão já atingida, e apostar na conquista de uma maior quota do mercado de retalho global. “Quando somos novos e pequenos em dimensão, um modelo leve em termos de ativos é positivo. Quando já atingimos determinada dimensão, precisamos de ativos mais ‘pesados’. Para se ser eficiente, deve-se interligar os modelos leves e pesados”, defendeu.

A Alibaba está a enfrentar uma forte concorrência da Tencent Holdings no sector dos pagamentos, cloud computing e serviços financeiros. Ambas as empresas aspiram a expandir-se internacionalmente. A concorrência da Amazon está também a apertar no comércio eletrónico no sudeste asiático, onde mercados como o indonésio deverão crescer dos oito mil milhões de dólares atuais para os 65 mil milhões de dólares projetados pela Macquarie Research para 2020. “Penso que a Tencent não tem a mesma experiência de globalização que nós. Para todos, é algo novo. No caso da Amazon, julgo que o e-commerce apenas iniciou há 20 a 25 anos atrás, pelo que ninguém é especialista, especialmente quando se conduzem negócios noutros países. A concorrência com que nos devemos preocupar será em áreas locais”, reiterou.

No entender de Jack Ma, a globalização é mais do que sair da China. “Estamos a globalizar a infraestrutura de comércio eletrónico. Estamos a tentar construir infraestrutura para os pagamentos online, logística e cloud computing”. A Alibaba já é o maior fornecedor de serviços de computação na nuvem da China, com a unidade a dever atingir 15% das suas vendas em 2021, segundo as estimativas da JPMorgan Chase & Co. “Há nove anos, quando mudámos de posicionamento de uma empresa de comércio eletrónico para uma empresa de informação e dados, tivemos um grande conflito interno até que finalmente optámos por essa mudança. Há nove anos que não nos consideramos uma empresa de e-commerce”.

No retalho físico, o modelo seguido nos supermercados Hema será adotado nos centros comerciais, sem que necessariamente tenham de ser ativos próprios em termos de imobiliário. O foco estará na criação de parcerias.


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L.Branca/PAE

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