O segundo trimestre de 2017, revela mais uma vez que a confiança dos consumidores portugueses continua a subir e a atingir níveis nunca antes alcançados. Dados do relatório internacional Nielsen “Estudo Global de Confiança dos Consumidores” revelam que o Índice de Confiança dos Consumidores Portugueses subiu 17 pontos face ao período homólogo, atingindo 82 pontos, o valor mais alto desde sempre em Portugal. A Europa alcançou 85 pontos e países como a França (75), a Rússia (70), a Finlândia (70), a Itália (58) e a Grécia (52) apresentam níveis de confiança inferiores ao dos consumidores portugueses.
Uma das novidades é que a maioria dos portugueses (51% vs 26% no período homólogo) já não considera que o seu país está em recessão económica, revelando-se até, nesta questão, um otimismo superior ao que se observa na média europeia (59% dos europeus acreditam que o seu país está em recessão).
“O Índice de Confiança dos Consumidores portugueses tem vindo a aumentar de uma forma clara e contínua desde 2014, aproximando-se cada vez mais da média europeia. No segundo trimestre de 2017 registamos 82 pontos, o valor mais alto de sempre. Estes resultados fazem-nos acreditar que as melhorias da situação nacional após o período de crise e este sentimento de recuperação tornaram os portugueses mais otimistas, provavelmente por estarem a conseguir recuperar de uma situação muito negativa no passado. Este otimismo reflete-se no consumo nacional, que tem vindo a registar crescimentos muito positivos. Com mais confiança e disposição para comprar, o shopper procura agora mais produtos de qualidade e que ofereçam uma experiência inovadora. Cresce a conveniência, cresce a saúde e beleza, cresce o premium. Cresce, acima de tudo, a experiência”, comenta Ana Paula Barbosa, Retailer Services Director da Nielsen Portugal.
Também as perspetivas profissionais e financeiras dos consumidores portugueses apresentam melhorias relativamente ao ano passado. 34% têm boas perspetivas no que se refere à sua situação profissional para os próximos 12 meses (uma melhoria de 20pp face ao período homólogo) e 42% mostram-se confiantes em relação à sua situação financeira (+13pp face ao período homólogo). Este clima de otimismo faz com que os consumidores portugueses estejam mais disponíveis para o consumo, e 30% consideram que os próximos 12 meses serão uma boa altura para comprar aquilo que querem ou de que necessitam (+10pp face ao período homólogo).
Após o período de crise económica em Portugal, os consumidores portugueses mudaram os seus hábitos de consumo de uma forma clara. Hoje, apesar de mais otimistas, continuam a esforçar-se por poupar, essencialmente em despesas como o gás e a eletricidade (52%) ou a aquisição de vestuário (50%). Os portugueses continuam também a poupar no entretenimento fora do lar (48%), embora cada vez menos (54% em 2016), e 45% optam por comprar Marcas da Distribuição.
Poupar continua a ser uma das principais prioridades dos portugueses. Após o pagamento das despesas essenciais, 45% optam por utilizar o dinheiro excedente para fazer poupanças. No entanto, 24% usa esse excedente em férias (uma subida de 4pp face ao período homólogo) e 20% em atividades de entretenimento fora de casa.
O equilíbrio entre a vida pessoal e profissional é a principal preocupação dos consumidores nacionais, distinguindo os portugueses dos restantes europeus, que estão essencialmente preocupados com o terrorismo e com as questões relacionadas com a saúde. No entanto, é a preocupação com o terrorismo que maior destaque teve neste trimestre em Portugal relativamente ao período homólogo, ocupando agora a 4ª posição nas preocupações dos portugueses (20% vs 8% em 2016).