O setor do retalho, alimentar e não alimentar, registou um desempenho positivo no primeiro semestre de 2017, com um crescimento de 3,8% face ao período homólogo, atingindo um volume de vendas de 8.967 milhões de euros.
Os dados foram revelados pela APED - Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição, na apresentação do Barómetro de Vendas da APED.
O retalho não alimentar apresentou um aumento de 4,5% do volume de vendas. As categorias equipamentos de telecomunicações e grandes eletrodomésticos foram as que mais cresceram neste segmento, com variações positivas do volume de vendas de 17,1% e 10,1%, respetivamente.
Os dados do Barómetro de Vendas da APED revelam que o retalho alimentar registou um crescimento de 3,3% nos primeiros seis meses do ano, quando comparado com igual período de 2016. As categorias de produto que registaram melhor desempenho foram as bebidas (aumento de 10% das vendas) e congelados (5,4%). Os dados avançados pela APED mostram um crescimento de 0,5 pontos percentuais da marca própria da distribuição, que atinge os 34% de quota de mercado. No que se refere às vendas efetuadas com atividade promocional, o valor registado situa-se nos 45,5%.
A APED, enquanto representante de um universo de associados a atuar em vastos segmentos de mercado, apresenta também dados específicos referentes ao mercado de vestuário. Esta área registou um aumento do volume de vendas de 2,1% no 1º semestre de 2017 face ao período homólogo. O desempenho positivo revelou-se também no número de compradores (com um aumento de 3 pontos percentuais) e na frequência de compra (crescimento de 3,5%).
Segundo os dados da APED, o canal de distribuição que mais cresceu, entre janeiro e junho, foi o das lojas independentes, ao registar uma variação homóloga positiva de 8,9% do volume de vendas, e o segmento que apresentou o maior crescimento foi vestuário feminino com um aumento de 1,3 pontos percentuais de quota de mercado.
Importante segmento na estratégia da diversificação de oferta de produtos e serviços do setor do retalho são os espaços de saúde e a comercialização de medicamentos não sujeitos a receita médica (MNSRM).
São já 588 os pontos de venda dos associados da APED neste segmento.
De acordo com os dados disponíveis, os preços praticados nos espaços de saúde revelaram-se consideravelmente inferiores aos praticados nas farmácias. Essa diferença foi de 11% no 2º trimestre de 2017 (9,3% no 2º trimestre de 2016) no que se refere ao top 5 de vendas de MNSRM.