As famílias portuguesas gastaram, em média, menos em 2015 e 2016 do que cinco anos antes, revelam os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE).
Segundo o inquérito “Despesas das Famílias 2015/2016”, 60,3% do total dos gastos destinavam-se a habitação, transporte e alimentação e tinham um peso maior do que em 2010/2011, quando era de 57%, menos 3,3 pontos percentuais. A concentração das despesas naquelas áreas mantinha o perfil observado nas famílias portuguesas desde o início do século, "embora com perda da importância relativa das despesas com produtos alimentares e bebidas não alcoólicas", diz o INE.
A despesa anual média dos agregados familiares foi de 20.363 euros, menos 28 euros do no início da década. Entre os lares que tinham crianças dependentes (25.254 euros), era cerca de 44% superior na face à dos agregados sem crianças dependentes (17.494 euros).
De acordo com o INE, do total de despesas dos agregados, 31,9% destinava-se a habitação, água, eletricidade, gás e outros combustíveis (6.501 euros), 14,3% a produtos alimentares e bebidas não alcoólicas (2.914 euros) e 14,1% a transportes (2.863 euros. Os gastos com alimentação representavam 18,7% em 2000, 15,5% no período de 2005/2006, 13,3% em 2010/2011 e 14,3% em 2015/2016. No mesmo período, o peso das despesas com habitação, água, eletricidade, gás e outros combustíveis aumentou de 19,8% em 2000 para 31,9% em 2015/2016.
O INE salienta a redução da importância das despesas com restaurantes e hotéis em menos 1,6 pontos percentuais entre 2010/2011 e 2015/2016, assim como com lazer, recreação e cultura, com menos 1,1 pontos.