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“Já não há comércio online nem offline”
2013-10-16

Jacques-Antoine Granjon, fundador e CEO da Vente Privée, surpreendeu uma plateia composta por centenas dos maiores “players” do retalho mundial durante a última edição do World Retail Congress ao afirmar “o e-commerce morreu, viva o comércio”. O CEO da Vente Privée sustentou esta sua declaração pelo facto da primeira vaga da Internet estar a terminar, chegando o tempo de regressar ao que se vende. “Para mim, significa o fim dos “pure players”, eles vão acabar”, defendeu. “O futuro é multicanal e “cross-channel”. O comércio electrónico é apenas um novo canal de distribuição”.

É também esta a visão partilhada pelos intervenientes no painel “Online vs Offline... um desafio decisivo”, que fez parte dos temas do IX Encontro de Electrodomésticos, Electrónica de Consumo e TIC da Associação Empresarial dos Sectores Eléctrico, Electrodoméstico, Fotográfico e Electrónico (AGEFE), realizado no passado dia 11 de Outubro, em Lisboa. “Não é verdade que o online representa só 3% das vendas de tecnologia em Portugal”, afirmou Rui Lopes, E-Commerce Manager da Fnac Portugal, contrariando os dados anteriormente apresentados pela GfK Portugal. O gestor do negócio de comércio electrónico da Fnac justificou esta sua posição pelo facto de acreditar que já não há comércio online nem comércio offline, “apenas “shopping” com os seus vários canais”.

O profissional alertou que é fundamental que os vários “players” acordem para a realidade “perigosa” materializada pela chegada de “pure players” fortes que, no seu entender, levarão as lojas a definharem. “É preciso estar preparado para reagir para a hiper concorrência que não vemos mas que atrai o consumidor que ia às nossas lojas. É preciso preparar as nossas organizações para o futuro e é isso que a Fnac está a fazer, ao alavancar o online para sobreviver e fazer crescer o offline”.

Esta é também a estratégia da Worten, que já tem mais de um milhão de “touchpoints” online entre as várias ferramentas com que trabalha diariamente, desde o site às redes sociais que reforçam o valor da insígnia e comunicam com o consumidor. "A criação do valor da marca é fundamental para a construção de valor afectivo, tal como acrescentar valor, oferecer sortido e ter disponibilidade de stock", explicou Nuno Nascimento Rodrigues. O caminho do online é, assim, desafiador para a Worten e configura uma aprendizagem centrada no cliente, no que ele quer e em como acrescentar valor. “O sucesso não se baseia no preço mas sim na marca e na confiança de uma filosofia transparente, com fornecedores confiáveis”, acrescentou Andreas Oerter, CPO da Redcoon. “E na diversidade que permite trabalhar nichos com produtos que não estão em todas as lojas”.

No que toca às redes sociais, estas são encaradas como mais uma ferramenta. No caso da Fnac, que tem mais de 520 mil gostos na sua página de Facebook, para levar o cliente à loja, pois não priveligia esse canal para acções comerciais. Já no caso da Worten, cuja página de Facebook tem mais de 700 mil gostos, é mais uma ferramenta de comunicação com o consumidor. Ambos estão de acordo que não são tanto uma ferramenta geradora de tráfego para o site.


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L.Branca/PAE

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