O comércio electrónico será o próximo grande passo na evolução futura do retalho, segundo confirmou a norte-americana Martha Stewart no World Retail Congress. “Pela primeira vez, no passado domingo, a Amazon fez um anúncio de página dupla no jornal The New York Times sobre a sua oferta de produtos têxteis”, detalhou a fundadora e CEO da empresa Martha Stewart Living, num exemplo da importância que o “e-commerce” está a assumir para o retalho.
Pioneira neste domínio, Martha Stewart confessou que se lançou muito cedo no comércio electrónico. O negócio tem acompanhado a tendência e hoje metade dos seus clientes acedem aos seus sites através de mobile. As redes sociais são também fundamentais no desenvolvimento da sua actividade, havendo mesmo uma equipa dedicada unicamente à estratégia a implementar nesta canal. Martha Stewart diz que ela própria utiliza o Twitter para falar com os clientes e saber o que eles desejam.
Contudo, não obstante a explosão digital e a importância que o “e-commerce” assume para o retalho, as lojas continuam a ser, segundo um estudo apresentado no World Retail Congress, a primeira opção para os clientes. Estudo este que avança ainda que as redes sociais são importantes para construir marcas mas não geram, por si só, vendas.
De acordo com a pesquisa, conduzida junto de 150 executivos seniores da área do retalho, os canais de “social media”, como o Facebook e o Twitter, ganharam importância nestes últimos 12 meses para 55% dos inquiridos. Mas estes admitem que o principal benefício que recolhem da presença nas redes sociais é precisamente o “branding” e não tanto as receitas.
Quase dois terços dos entrevistados acreditam que as vendas através da Internet tornaram-se mais importantes no último ano, contudo o “bricks and mortar” continua a ser o canal mais importante para 68% dos retalhistas. Neste sentido, mais de metade dos inquiridos planeia aumentar a sua rede de lojas a um nível internacional.
O estudo, realizado pela Universidade de Monash, é divulgado poucos dias depois de Philip Green, proprietário do Grupo Arcadia, ter confirmado as suas ambições de expandir a presença física do seu negócio, que já se materializa em mais de três mil pontos de venda espalhados pelos cinco continentes.