18 meses após a fusão das suas duas insígnias, o Grupo Fnac Darty confirmou os seus objetivos a médio prazo. As vendas progrediram 38% em 2017, para os 7.448 milhões de euros, e os lucros líquidos atingiram os 37 milhões de euros. O resultado operacional corrente totalizou 270 milhões de euros, o que compara com os 162 milhões de euros do exercício anterior. Estes valores correspondem a uma margem de 3,6%, acima dos 2,7% de 2016 e dos 2,3% de 2015, uma progressão que se explica pelas sinergias alcançadas com a fusão e pela execução operacional.
O grupo confirma, assim, o seu objetivo de 130 milhões de euros em sinergias alcançados no final deste ano, após ter atingido uma percentagem de 65% no exercício passado, acima dos 50% estabelecidos como objetivo no início de 2017. “O Grupo Fnac Darty obteve resultados sólidos em 2017. Num contexto desafiador, onde todos os operadores da distribuição foram confrontados com profundas transformações, o nosso grupo demonstra a robustez do seu modelo omnicanal e a qualidade da sua execução comercial”, analisa Enrique Martinez, diretor geral da Fnac Darty.
Em valores comparáveis, as vendas do grupo aumentaram 0,5%. A Fnac Darty evoluiu positivamente tanto em França (+0,5%), o seu mercado doméstico, como a nível internacional (+0,2%). O grupo prosseguiu com a sua expansão territorial, que é um elemento determinante da estratégia omnicanal. Foram abertos 78 novos pontos de venda, elevando para 728 o número total de lojas. Esta expansão fez-se, sobretudo, via franchising, com a abertura de 58 novos espaços, incluindo o primeiro do género em Portugal. No final de 2017, eram 208 lojas franchisadas, um número que deverá elevar-se a 400 no médio prazo.
Paralelamente, a Fnac Darty avançou no desenvolvimento das suas capacidades digitais. Com mais de 20 milhões de visitantes únicos acumulados por mês, a Fnac Darty é o segundo operador de e-commerce em França. As plataformas digitais do grupo estão em crescimento, com destaque para o desempenho sustentado do Fnac.com, mas também dos sites espanhol e belga. As vendas online representam já 17% das vendas totais e o desenvolvimento dos marketplaces foi igualmente renovado, com um crescimento de quase 50% nas suas vendas.
No quarto trimestre, as vendas cresceram ligeiramente, apesar do efeito negativo do calendário. Num ambiente de consumo onde o Black Friday tem cada vez mais peso, o grupo aproveitou a forte procura por parte dos consumidores em novembro. Neste período, as vendas beneficiaram do bom desempenho dos segmentos de telecomunicações e videojogos. Na Península Ibérica, as vendas aumentaram 4,9%, catalisadas pela expansão da rede e do canal Internet. O grupo destaca o crescimento da Fnac Portugal, ao passo que o negócio em Espanha se manteve bem orientado, não obstante a crise política na Catalunha. No total do ano, as vendas cresceram 2,9% nesta região.