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Mercadona, Lidl e DIA "culpados" pela redução da inovação no grande consumo
2018-02-21

A inovação no grande consumo está em decréscimo e a culpa é de cadeias como a Mercadona, Lidl e DIA. A denúncia é feita pela Promarca, a associação espanhola de marcas, com base num estudo feito pela ESADE Creápolis.

O estudo revela que, desde 2012, o número de inovações disponíveis no mercado espanhol está em queda, tendo atingido o valor mínimo em 2016, já passado o pior da crise, com uma descida de 23%. De acordo com a Promarca, este decréscimo da inovação deve-se ao facto de algumas cadeias de distribuição apostarem mais nas suas marcas próprias, “o que faz com que os consumidores tenham um menor acesso às novidades” e “justifica o fracasso de 55% dos lançamentos”.

Intitulado “Análise do acesso dos consumidores à inovação no mercado espanhol de grande consumo”, o estudo indica que a Mercadona apenas introduz nos seus lineares 15% da inovação, percentagem que no Lidl baixa para 9%. O que se explica pela presença das MDD nos lineares destes dois operadores: 57% e 81%, respetivamente. O estudo salienta que, quando a quota de mercado das MDD atinge o patamar de 30%-50%, há uma redução significativa da inovação.

A Promarca aponta também o dedo ao Grupo DIA e, em sentido inverso, destaca as cadeias Eroski, Alcampo (Auchan), El Corte Inglés e Carrefour como mais “amigas” da inovação, já que nas suas lojas encontram-se mais de 50% das novidades. As inovações são ainda mais acessíveis nos hipermercados do que nos supermercados.

Nesse sentido, de acordo com o estudo, as inovações chegaram a apenas um terço do mercado entre 2012 e 2016. A média da distribuição ponderada neste período foi de 33% na alimentação e bebidas e 20% nos produtos de higiene, limpeza e perfumaria.

A Promarca relembra que as marcas de fabricante foram responsáveis por 88% dos novos produtos colocados no mercado espanhol durante aqueles quatro anos. Dos 12% referentes às marcas de distribuição, 94% das inovações pertenceram à Mercadona e Lidl.

O estudo revela ainda que a inovação no grande consumo está concentrada em poucas categorias. 27 das 78 categorias analisadas acumulam 75% das novidades, com destaque para a alimentação. Os iogurtes são a categoria mais inovadora, seguindo-se os chocolates, sopas, detergentes e refeições prontas. Estas cinco categorias concentram 30% do total de inovações.

Já os 10 fabricantes mais inovadores são a Procter & Gamble, a Bimbo, a Danone, a Nestlé, a Mondelze, a Unilever, a Valor, a Lactalis, a PepsiCo e a Henkel.


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L.Branca/PAE

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