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Mais de metade dos portugueses estão preocupados com o futuro da economia portuguesa
2022-05-31

O Observador Cetelem apresenta o seu novo estudo “Consumo em tempos de inflação”, que analisa as intenções de consumo de 1000 residentes em Portugal Continental face ao atual contexto. Segundo este novo estudo, cujo trabalho de campo decorreu entre 21 de março e 18 abril, o futuro da economia do país (59%) é o que mais preocupa atualmente os portugueses.

Esta preocupação é mais acentuada entre os inquiridos nas faixas etárias entre os 55-64 anos e os 65-74 anos (64%). Os inquiridos residentes na região de Lisboa são também aqueles que se mostram mais preocupados com a situação económica futura (67% vs. 58% Porto).

Além do futuro da economia, o poder de compra é a segunda fonte de preocupação dos portugueses, (57%) sendo que comparando as várias faixas etárias, os indivíduos com menos de 24 anos são os menos preocupados com este tópico, e a preocupação com o seu futuro profissional surge em 2º lugar (54%). Em terceiro lugar ex aequo, seguem-se as desigualdades sociais (53%) e a situação internacional de crises e guerra (53%), às quais se soma a preocupação com a sua saúde pessoal no caso dos inquiridos com mais de 65 anos (58%).

O futuro do planeta (51%) fecha o top 5 das principais preocupações da maioria dos inquiridos, sendo a segunda maior fonte de preocupação entre os residentes na região Sul (59%).

Entre os diversos temas apresentados, a vida pessoal (familiar, amorosa e social) é o que menos preocupa os portugueses (38%). Neste domínio, os inquiridos das faixas etárias entre os 65 e os 74 anos são os que estão menos preocupados (30%) e os inquiridos com idades entre os 35 e os 44 anos (44%) e os 55 e 64 anos (44%) aqueles que ainda assim demonstram ter alguma preocupação relativamente ao tema. Observando as respostas por regiões, os inquiridos residentes a Sul do país são os menos preocupados (24%) com este tema, ao contrário dos residentes do Norte do país (42%).

Perceção dos portugueses sobre a situação do país e pessoal piora

De acordo com o estudo do Observador Cetelem, 35% dos portugueses inquiridos manifestam uma opinião negativa quanto à situação atual do País, tendo a situação piorado face a outubro de 2021 (22% consideravam a situação negativa). Apesar de se observar uma inflexão, com uma perspetiva negativa, esta está longe da registada com o surgimento da pandemia, que chegou a acolher 72% de opiniões negativas em novembro de 2020. Em termos geográficos, o Porto é a região que melhor avalia a situação do país (28% vs. 22% Lisboa).

Também quando inquiridos sobre a perceção da sua situação pessoal, os valores pioraram, registando 34% vs. 21% em outubro de 2021. Relativamente a esta questão, o estudo indica que os inquiridos com 55 ou mais anos e de famílias em que o rendimento do agregado normalmente é inferior tendem a dar notas mais baixas à sua situação pessoal atual. Geograficamente, os portugueses que vivem na região Norte são os mais positivos face à sua situação pessoal (35%), seguindo-se os residentes da zona Centro (28%) e da zona Sul do país (26%).


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L.Branca/PAE

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