No ano comercial de 2021, apesar de um ambiente difícil, a Bosch alcançou um crescimento significativo em vendas e resultados. A receita de vendas gerada pelo fornecedor de tecnologia e serviços aumentou 10,1% para 78,7 mil milhões de euros, e o resultado operacional (EBIT das operações) aumentou mais de metade atingindo os 3,2 mil milhões de euros. A margem EBIT das operações melhorou 4%, em comparação com os 2,8% no ano anterior. “O resultado bem-sucedido do ano comercial de 2021 reforça a nossa confiança à medida que enfrentamos o ambiente desafiante do ano atual”, afirma Dr. Stefan Hartung, presidente do conselho de administração da Robert Bosch GmbH, na apresentação dos números anuais da empresa.
Perspetivas para 2022: alto nível de incerteza num ambiente desafiante
O Grupo Bosch aumentou as suas vendas em 5,2% no primeiro trimestre. “Tivemos um começo sólido em 2022. Neste momento, esperamos superar a previsão de crescimento de vendas de 6% referida no nosso relatório anual”, disse Dr. Markus Forschner, membro do conselho de administração e diretor financeiro da Robert Bosch GmbH. “No entanto, as incertezas consideráveis que enfrentamos significam que ainda é difícil fazer uma estimativa mais precisa para o ano atual como um todo.” De acordo com Forschner, a empresa não deverá atingir a meta de igualar a margem EBIT do ano passado. Apesar de um aumento esperado nas vendas, ainda assim deverá ficar na faixa de 3 a 4 por cento. “A pressão sob os nossos resultados tem vindo a crescer de forma considerável, principalmente devido ao aumento no custo de energia, matérias-primas e logística.” No setor de negócios de Soluções de Mobilidade em particular, a pressão de custos é atualmente muito elevada – os preços de certas matérias-primas praticamente triplicaram desde 2020.
À luz da situação atual, a Bosch já reviu significativamente as suas expectativas para a economia global. A empresa espera um crescimento de pouco menos de 3,5% este ano – no início do ano, as perspetivas situavam-se em cerca de 4%. A anterior previsão para a produção automóvel era de cerca de 88 milhões de veículos e um aumento esperado de 9% em relação ao ano anterior, valores que provavelmente não serão alcançados. Forschner identifica como razões para essa situação o ressurgimento dos efeitos adversos da pandemia de coronavírus na China e na contínua escassez de chips. No entanto, e no geral, mantém-se confiante: “a Bosch continuará à altura do desafio nesta fase de maior dificuldade. O importante é termos produtos pioneiros e um foco estratégico claro de longo prazo – e nós temos ambos.”
Eletrólise de hidrogénio: entrada num mercado de 14 mil milhões de euros
No interesse de uma ação climática eficaz, a Bosch está a entrar no negócio de componentes para eletrólise de hidrogénio. A empresa prevê investir cerca de 500 milhões de euros nesta nova área de negócio até ao final da década, metade dos quais até ao lançamento no mercado, previsto para 2025. “Temos uma ampla base para desenvolver tecnologias de hidrogénio e queremos avançar na produção de hidrogénio na Europa”, diz Hartung. “Esperamos que o mercado global de componentes de eletrolisadores chegue a cerca de 14 mil milhões de euros até 2030.” A Bosch está a fornecer a pilha – o núcleo do sistema de eletrólise de hidrogénio – que combina com eletrónica de potência, sensores e uma unidade de controlo para criar um módulo inteligente. As pilhas para geração H2 devem entrar em produção já em 2025.