Na Black Friday as fraudes e burlas aumentam significativamente relativamente a um dia normal de comércio, especialmente no e-commerce, que vê o número de transações crescer na ordem dos 30% nesta altura do ano. Comerciantes enganados e consumidores burlados são frequentes nesta altura do ano e pedem cuidados especiais.
Segundo um estudo da Kaspersky, empresa de segurança IT, verificou-se um crescimento de fraudes em pagamentos, na ordem dos 208% só em setembro e outubro, “pelo que é expectável que este número cresça exponencialmente em alturas como a black friday ou o Natal” refere Telmo Santos, CEO da fintech euPago.
A Black Friday é uma das datas mais esperadas do ano, para consumidores e comerciantes, mas com a chegada desta data, também disparam as tentativas de fraude e as burlas aos menos atentos, que muitas vezes perdem somas avultadas, é o que adverte a euPago.
“Alturas de grande consumo, como a Black Friday ou o Natal, são propícias ao aparecimento de novas fraudes e burlas, porque as pessoas estão mais suscetíveis de acreditar no fantástico.”, diz Telmo Santos, “para ultrapassar este problema, criamos e implementamos um sistema antifraudes, em conjunto com a paySoft, para garantir a segurança dos pagamentos efetuados.
A promessa de comprar bom e barato em sites de renome, com marcas internacionais, leva muitas pessoas a fazer compras de impulso e a cair no conto do vigário. Fraudes como sites e-commerce falsos; clones de grandes marcas; phishing; promoções bombásticas; links ou apps duvidosas são algumas das ferramentas usadas para enganar o consumidor que procura uma boa promoção. As fraudes materializam-se de diferentes formas. Para saber distinguir o “trigo do joio” é necessário atenção, prudência e cuidado.
“Com o crescimento dos pagamentos online e o aparecimento de novas soluções de pagamento que facilitam a vida dos consumidores e dos comerciantes, é muito importante também haver cuidados redobrados no sentido de perceber acima de tudo se os sites são fidedignos”, acrescenta Telmo Santos.
A instituição financeira faz grandes investimentos em sistemas tecnológicos antifraude, com reforço da segurança, tratamento de dados, e desenvolvimento de análises em tempo real. Estas soluções criam modelos preditivos fiáveis para a tomada de decisão, que, por exemplo, permitem definir se determinado pagamento é fiável ou não.
Se por um lado as empresas têm responsabilidade sobre a segurança e bem-estar dos utilizadores, estes também têm a responsabilidade de agirem com cuidado redobrado nesta altura.
Quais são as fraudes mais comuns e como evitá-las
1. Sites e-commerce falsos, clones de grandes marcas: Utilizar sites conhecidos ou que usem o protocolo https. Verificar cuidadosamente o endereço (URL). Não confiar em sites que direcionam as compras para outro site. Verificar a reputação de sites não conhecidos, e pesquisar comentários de quem já os utilizou.
2. Phishing: Não clicar em links desconhecidos, (abrir um link pode ser suficiente para entregar os seus dados pessoais). Estes links que divulgam promoções falsas podem ser enviados por e-mail, SMS, aplicações de mensagens, como WhatsApp, Messenger, entre outros.
3. Perfis falsos: Cuidado com os perfis falsos das redes sociais que investem em publicidade digital. Não se deve preencher formulários com dados pessoais para ter acesso às promoções da Black Friday.
4. Computadores públicos: Evitar a utilização de um computador público para fazer compras e inserir dados bancários. Usar o computador pessoal ou smartphone, com softwares e aplicações originais e com um antivírus atualizado.
5. Promoções “Bombásticas”: Atenção às promoções cujos preços são mais baixos que o valor real do produto. Deve pesquisar os produtos e analisar se os descontos estão de acordo com o que foi anunciado.
6. Devoluções: Verifique se o site tem um canal de relacionamento, com política de reembolso e cancelamento, e que são disponibilizadas de forma clara rápida.
Preços irreais, pedidos cancelados pelas empresas depois da realização da compra, mudança de preço no carrinho ao finalizar a compra, produto ou serviço indisponível, não entrega ou atraso, são comuns e podem ser evitados.