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Compras online passaram a representar 19% do comércio em todo o mundo com pandemia
2021-06-16

O peso do ecommerce no total das vendas de retalho aumentou de 16% em 2019, para os 19% no final do ano passado. No total, as compras online geraram 26,7 biliões de dólares.

Os mais recentes dados da unidade de Comércio e Desenvolvimento das Nações Unidas, a UNCTAD, revelam que a pandemia de COVID-19 contribuiu acentuadamente para aumentar o volume das compras feitas através da internet em 2020.

O crescimento do comércio eletrónico foi liderado pela Coreia do Sul, que passou dos 20,8% registados em 2019 para 25,9% registados no ano passado, ou cerca de uma em cada cinco transações, para mais de uma em cada quatro.

O Reino Unido também assistiu a uma subida das compras online no mesmo período, numa passagem de 15,8% para 23,3%. A mesma evolução positiva aconteceu na China (de 20,7 para 24,9%), nos EUA (de 11 a 14%), na Austrália (de 6,3 a 9,4%), em Singapura (5,9 a 11,7%) e no Canadá (de 3,6 a 6,2%).

“Estas estatísticas mostram a importância crescente das atividades online”, referiu Shamika Sirimanne, diretora de tecnologia e logística da UNCTAD. “Também apontam para a necessidade de os países, especialmente os países em desenvolvimento, terem informação para reconstruirem as suas economias após a pandemia de COVID-19”.

Os dados da UNCTAD mostram que enquanto o comércio físico caiu 1% em todo o mundo, o comércio eletrónico business-to-consumer (B2C) aumentou 22%. Mas nem todas as empresas que fazem ecommerce beneficiaram de forma igual do crescimento geral do negócio.

O relatório indica que as empresas que mais vantagem tiveram são aquelas que se dedicam diretamente a comércio eletrónico. Alibabba, Amazon, jd.com e Pinduoduo estão entre os principais exemplos. Por outro lado, os negócios relacionados com o setor do transporte ou do turismo registaram quedas acentuadas. Foi o caso da Uber, Expedia, Booking e Airbnb.

A Expedia, por exemplo, caiu do 5º lugar do conjunto das maiores empresas em 2019 para a 11ª posição em 2020, a Booking Holdings do 6º para o 12º e a Airbnb do 11º para o 13º.

Ainda assim, o volume de negócios das 13 principais empresas de ecommerce aumentou 20,5% em 2020, mais do que tinha crescido em 2019, quando subiu 17,9%, traduzidos em 2,9 biliões de dólares. A Unctad destaca o crescimento de empresas como a Shopify, que aumentou 95,6%, e a Walmart, com uma subida de mais de 72%.


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L.Branca/PAE

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