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Receitas das maiores empresas mundiais de retalho crescem e aproximam-se dos 5 biliões de dólares
2020-02-10

As 250 maiores empresas mundiais de retalho geraram um total de receitas de 4,74 biliões de dólares no ano fiscal de 2018 (correspondente ao exercício encerrado até junho de 2019), um aumento de 210 mil milhões de dólares em relação ao ano fiscal transato, que representa um crescimento de 4,1%, segundo o estudo Global Powers of Retailing 2020 da Deloitte.

As cadeias norte-americanas dominam o top-10 do ranking global dos 250 maiores retalhistas. A Wal-Mart, com receitas superiores a 500 mil milhões de dólares, continua na liderança, seguida da Costco Wholesale, que mantém a posição do ano anterior e da Amazon que entra pela primeira vez no pódio, registando o maior crescimento de receitas (18,2%) do top-10, justificado pelo forte aumento de vendas na América do Norte e na Alemanha.

Os 10 maiores retalhistas mundiais contribuíram em 32,2% para a receita total gerada no ano fiscal de 2018, um valor acima dos 31,6% registados no exercício anterior. O crescimento de receitas das empresas no top-10 (6,3%) ultrapassou a média do ranking total, que se fixou nos 4,1%. Além disso, e apesar do aumento da competitividade do mercado, dos custos de mão-de-obra e do investimento feito em e-commerce, a margem de lucro líquida total das 10 maiores empresas aumentou em 0,5%.

O retalho alimentar, com 136 empresas, é o setor que mais contribuiu para o Top 250, representando 66,5% do total de receitas geradas no ano fiscal de 2018. As empresas desta área de atividade têm a maior receita média do retalho (23,2 mil milhões de dólares no período em análise), no entanto apresentam as margens de lucro mais baixas entre todos os setores em estudo (2% no ano fiscal de 2018).

Europa domina Top 250. Jerónimo Martins e Sonae aumentam receitas

A Europa é o continente mais representado no Top 250, com 88 empresas sediadas na região a gerarem 34,4% das receitas totais. A Alemanha (19), o Reino Unido (14) e a França (12) são os países europeus com maior número de empresas no ranking, sendo de destacar, no entanto, uma redução do crescimento das receitas de retalho na Europa que passou de 7,1% no ano fiscal de 2017 para 3,5% nesta edição. Um decréscimo justificado pela instabilidade da conjuntura económica da zona-euro, provocada pela saída anunciada do Reino-Unido da União Europeia e pela desaceleração da economia alemã.

“Apesar do crescimento registado ao nível de receitas dos maiores retalhistas mundiais, há ainda muita incerteza relativamente aos resultados que o ano de 2020 pode trazer, quer pelas consequências político-económicas do Brexit, uma vez que o Reino Unido tem um peso significativo no setor do retalho, quer pelo impacto da epidemia de coronavírus na economia chinesa e global. Ambos os fatores poderão vir a condicionar e alterar o comportamento dos consumidores a nível mundial”, refere Duarte Galhardas, líder de Consumer da Deloitte.

No que diz respeito aos retalhistas portugueses, a Jerónimo Martins entra no top-50 do ranking, depois de subir 5 posições em relação ao ano fiscal transato. O grupo que detém as insígnias Pingo Doce e Recheio em Portugal, Biedronka e Hebe na Polónia e Ara na Colômbia registou em 2018 receitas consolidadas na ordem dos 20,453 mil milhões de dólares. Nos últimos 6 anos (2013-2018) a Jerónimo Martins registou um crescimento anual médio de 7,9%.

A Sonae mantém a tendência de crescimento da última década e ocupa nesta edição a 155ª posição. O retalhista português teve em 2018 receitas consolidadas de 6,733 mil milhões de dólares, um aumento de mais de 450 milhões de dólares em relação a 2017. Nos últimos 6 anos (2013-2018), a Sonae registou um crescimento médio anual de 4,3%, fruto do desempenho positivo das suas marcas, em particular, do seu negócio de base alimentar.

“Um dos principais fatores de diferenciação dos retalhistas europeus em relação ao resto do mundo assenta na capacidade de internacionalização dos seus negócios e na forte capacidade de aproveitamento do fenómeno da globalização. Além da presença física das suas lojas à escala global, as empresas de retalho europeias começam a investir também no e-commerce e na transformação digital dos seus negócios, pelo que o potencial de crescimento pode vir a ser ainda mais significativo”, explica Pedro Miguel Silva, sócio do setor de Retalho da Deloitte.

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L.Branca/PAE

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