O pagamento fracionado é um aliado do consumidor e das marcas e é utilizado em Portugal por 61% dos inquiridos, em Espanha por 62%, por 59% em França e por 60% na Polónia, nas mesmas proporções, ou seja, seis em cada dez consumidores utiliza-o pelo menos uma vez por ano.
Os dados são de um estudo do Oney Bank, que revela ainda que, em Portugal, 17% afirma utilizá-lo sempre que pode ou uma a duas vezes por mês. 14% reforça mesmo que a possibilidade de pagar em diversas vezes é um incentivo para comprar online. 25% diz que escolhe fazer compras nas marcas que apresentam possibilidade de pagamento fracionado.
O inquérito em parceria entre o Oney Bank, Opinion Way e Altavia mostra tendências do consumidor relativamente às práticas bancárias em quatro dos 11 países onde o Oney Bank opera: Espanha, França, Polónia e Portugal. As mudanças de comportamentos na última década permitiram identificar alterações no consumidor, nomeadamente, maior procura por produtos e serviços com melhor relação qualidade/preço, a simplificação, a vantagem de ser utilizador em vez de proprietário e a autonomização das pessoas. Através deste estudo, o Oney Bank pretende mostrar os impactos destas mudanças e identificar as respetivas necessidades e expectativas relativamente aos meios de pagamento.
Os consumidores europeus utilizam frequentemente os pagamentos fracionados, decisivos no ato da compra, uma vez que um em cada dois clientes desiste ou adia a compra caso o comerciante não apresente a possibilidade de pagamento dividido em frações. Um terço dos inquiridos escolhe marcas que tenham esta possibilidade, sendo a classe etária dos 18 aos 34 a mais atenta e que escolhe como prioridade marcas que disponibilizem pagamento fracionado. Os consumidores, genericamente, utilizam o pagamento fracionado maioritariamente para montantes entre os 100 e os 500 euros e neste intervalo é utilizado em Portugal por 29% dos respondentes.
Portugueses, espanhóis, franceses e polacos utilizam, em média, mais de cinco métodos de pagamento, entre eles, o cartão bancário, pagamento em dinheiro e cheque bancário. Portugal destaca-se no pagamento com cartão bancário, utilizado por 98% dos inquiridos, dos quais 44% utiliza sistematicamente. O pagamento com dinheiro surge como segunda opção, sendo utilizado por 94% dos portugueses inquiridos e, neste caso, 25% usa-o sistematicamente.
Outra conclusão revela que, no momento da compra, as expectativas dos consumidores das quatro nacionalidades são semelhantes: todos procuram segurança, simplicidade e rapidez.
Os portugueses continuam a privilegiar o pagamento direto ao vendedor, no caso de 79% dos inquiridos; não obstante, os pagamentos em caixas automáticas/rápidas são primeira escolha para 70% das pessoas.
Destaca-se o facto do método de “testar antes de pagar” começar a ganhar expressão no mercado português e a despertar interesse em 70% dos inquiridos, dos quais 26% revelam-se muito interessados em utilizar este método e 44% eventualmente interessados em experimentar.
Os consumidores dos quatro países estão familiarizados com métodos de pagamentos inovadores: 10% a 25% já utilizou métodos de pagamento via telemóvel, pagamentos biométricos, através de objetos conectados ou via redes sociais. Em Portugal, em Espanha e na Polónia, três em cada 10 consumidores utilizam os respetivos telemóveis para fazer pagamentos. 49% dos respondentes portugueses afirmam que utilizam o telemóvel para pagar roupa e acessórios de moda, na loja ou online.
Neste contexto, genericamente, os consumidores esperam que o meio de pagamento que utilizam seja, em primeiro lugar, seguro. Em Portugal, a segurança surge como principal característica (90%), a confidencialidade é indicada logo a seguir (61%), a rapidez no momento de pagar (58%) e a simplicidade (52%) são igualmente importantes.
No momento de escolher o meio de pagamento para pagar as compras, o consumidor português privilegia aquele que ofereça simplicidade (58%) e quer ter muita liberdade de escolha (38%).
As compras online ganham expressão junto dos portugueses e 28% afirma comprar online uma a duas vezes por mês. 25% diz comprar online sempre que pode, 24% dos inquiridos revelam que raramente fazem compras online e 17% diz comprar pela Internet uma a duas vezes por ano.
Mais de metade dos consumidores europeus não se importaria se o pagamento em dinheiro desaparecesse, pelo que 50% dos portugueses considera tratar-se de um progresso, contra 26% que se mostra incomodado.
Outra conclusão revela que alguns consumidores mantêm-se renitentes em relação a compras automaticamente debitadas das respetivas contas, sem passagem pela caixa de venda, por sentirem falta do contacto humano. Em Portugal, este sentimento reflete-se em 33% dos inquiridos.
O estudo revela interesse por novas experiências de compra, embora reforce a importância do contacto humano no ato da compra. Mostra também que este ato gera satisfação, apesar da necessidade de melhorias na segurança, confidencialidade, na rapidez e na permanência do contacto com pessoas.