A fintech portuguesa EuPago vai substituir a banca nas cobranças por débito direto junto das empresas portuguesas de menor dimensão, por não disporem de força negocial junto dos seus bancos.
Com as novas diretivas de pagamentos, já é possível substituir a banca nas relações das empresas com os seus devedores. A EuPago recorda que os custos de cobrança representam já 4,5% do PIB nacional e apenas 14% dos pagamentos são efetuados dentro dos prazos contratados.
Em 2018, segundo o Relatório de Sistemas de Pagamento do Banco de Portugal, os débitos diretos foram o segundo meio de pagamento mais utilizado, logo a seguir aos cartões. “Os débitos diretos deixaram de ser exclusivos dos bancos e até o recente sistema de pagamento de impostos usado pelo fisco já pode ser utilizado por qualquer profissional”, explica José Veiga, CEO da EuPago.
A EuPago tem como objetivo processar dois milhões de transações já em 2020, o correspondente a cerca de 10% do seu volume de pagamentos. “Acredito que, dos dois milhões de transações que estimamos, 80% vão ser processadas pela primeira vez, o que traduz bem a importância desta medida”, sublinha o mesmo responsável.
A fintech defende que as novas diretivas vieram facilitar a vida das pessoas, sobretudo no que diz respeito a esquecimentos na hora de pagar as contas, deixando de existir uma preocupação com a falta de meios ou recursos para negociar com os bancos.