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Populismo e terrorismo de extrema-direita crescem na Europa e criam vulnerabilidades às empresas
2019-05-06

O aumento do terrorismo de extrema-direita na Europa está a criar um ambiente de segurança cada vez mais complexo e novas vulnerabilidades para empresas e comunidades.

As conclusões constam dos “Mapas de Risco Político e de Terrorismo e Violência Política” da Aon, produzidos em conjunto com o Continuum Economics e The Risk Advisory Group.

De acordo com a Aon, o populismo ganha peso crescente na Europa. Atualmente, 11 países europeus têm partidos populistas no Governo, detendo, em média, 22% de votos em 33 países. O sentimento anti-imigrante é um dos princípios centrais de muitos destes movimentos populistas, o que tende a fazer aumentar ainda mais o terrorismo de extrema-direita e a tensão social.

Os Mapas de Risco da Aon avaliam o risco político, o terrorismo e a violência política em todo o mundo. Este ano, o cenário torna-se mais complexo pelo ressurgimento de políticas populistas que encorajaram mudanças políticas potencialmente fraturantes e podem, nalguns casos, alimentar ideologias extremistas prejudiciais para empresas e cidadãos.

A Alemanha e a Grécia registaram o maior aumento de ataques terroristas concretizados e planos frustrados de índole extrema-direita, na Europa, em 2018. Na Alemanha, foram registados 22 incidentes, entre 2016 e 2018, o dobro de anos anteriores. Espanha foi um dos países europeus a registar uma melhoria no risco de terrorismo (de “médio” para “baixo”).

Estas tendências populistas estão a criar novos riscos aos negócios e à segurança de colaboradores e de propriedade. Há inclusive registo de impactos negativos significativos nas cadeias de abastecimento e em alguns investimentos como resultado de políticas governamentais extremistas.

Os terroristas estão a direcionar cada vez mais os seus ataques para espaços públicos e em vastas concentrações de pessoas, expondo as empresas a perdas potencialmente significativas. Os combatentes do Estado Islâmico que regressam aos seus países de origem mantêm desafios significativos aos serviços de segurança de empresas e comunidades. Os ataques do Estado islâmico na Europa e na América do Norte caíram pela metade, entre 2017 e 2018, mas o grupo redirecionou os seus esforços para outras regiões.

16% dos ataques terroristas, em 2018, visaram ou impactaram diretamente atividades empresariais. Para empresas europeias que operam globalmente, em regiões como a África subsaariana e a América Latina, particularmente expostas a intervenções governamentais que podem afetar a capacidade das empresas de investimento e comércio internacional, os riscos mantêm-se elevados.

As conclusões dos Mapas de Risco da Aon indicam também que, ao manterem-se as tensões comerciais entre os Estados Unidos da América e a China, estas afetarão significativamente os negócios dos Estados Unidos no próximo ano.

A ideia de guerras comerciais é profundamente inquietante para os líderes empresariais. A incerteza sobre o futuro das relações comerciais dificulta muito as decisões de negócios, criando possíveis exposições ao risco que as empresas devem considerar. Os riscos podem manifestar-se de várias formas. Uma guerra comercial, por exemplo, pode fazer aumentar o custo de um projeto ou forçar uma empresa a repensar os principais elementos da sua cadeia de valor. Em circunstâncias mais extremas, uma guerra comercial pode até forçar algumas empresas a sair do mercado.

De uma forma geral, os Mapas de Risco da Aon concluem que, globalmente, a incerteza nas relações comerciais e o protecionismo extremo continuam a ser as principais fontes de risco para as empresas. O risco de interrupção da cadeia de abastecimento é uma preocupação crescente, mesmo nos países mais estáveis.

As mudanças climáticas e o clima extremo exacerbaram também os riscos de interrupção da cadeia de abastecimento em certas regiões.


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L.Branca/PAE

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