O avanço do comércio digital nos Estados Unidos sinalizou uma nova conquista. De acordo com o Departamento de Comércio norte-americano, em fevereiro, as vendas online superaram os resultados das lojas físicas pela primeira vez na história, uma tendência liderada pela Amazon.
A curva vem a inclinar-se em favor do comércio digital durante as duas últimas décadas. Passou de 5%, em 1990, para cerca de 12%, superando em uma fração as vendas no retalho em lojas físicas. “É claro que a diferença é muito pequena, mas a tendência permanece clara: a percentagem de cada sector vai claramente no sentido oposto“, afirma Paul Hickey, cofundador do grupo de investimento Bespoke, num comunicado aos seus clientes.
A confiança do consumidor nas operações online foi reforçada à medida que lojas e centros comerciais foram fechados em todo o país. O colapso da Macy’s este é um bom exemplo. Atualmente, as vendas digitais são a quarta força comercial nos Estados Unidos, com uma faturação que, em fevereiro, chegou a 59.800 milhões de dólares, cerca de 53.400 milhões de euros.
O sector automóvel – venda de veículos e as suas partes – continua a ocupar o primeiro lugar em volume de vendas, com 20%, seguido pela alimentação e bebidas (12,4%) e bares e restaurantes, com 11,9% do total. É uma questão até que a faturação digital os ultrapasse.
Paul Hickey atribui esta evolução ao sucesso do Amazon com Prime. “Tem sido um fator importante para essa mudança, porque as pessoas não pensam mais no pagamento das encomendas“.