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Portugueses estão confiantes na situação do país e no aumento do seu rendimento
2019-03-25

De acordo com o estudo do IPAM “Comportamento do consumidor: O que mudou em 2018?”, os portugueses avaliam as suas situações económicas e financeiras de forma tendencialmente idêntica do que no ano anterior. 49% dos inquiridos revelam que o seu rendimento aumentou em 2018, comparativamente ao ano anterior, e 55% acredita que o seu poder de compra irá manter-se.

No que diz respeito à sua situação financeira, 54% continua positivo após a acentuada melhoria de 2017 e manutenção em 2018.

A perspetiva dos inquiridos para o ano de 2019 mantem a tendência positiva iniciada no ano anterior. É, contudo, de destacar o aumento de perspetivas mais negativas.

No âmbito da caracterização dos comportamentos e atitudes dos consumidores, o estudo do IPAM procurou compreender qual a perspetiva dos portugueses para o futuro próximo. Relativamente à situação do país, verificou-se que 39% dos inquiridos consideram que a situação irá melhorar, mas 47% acredita que se irá manter. De referir que apenas 14% indica que a situação irá piorar.

Relativamente ao poder de compra, em linha com os resultados obtidos na caracterização da situação financeira, os consumidores avaliam as suas posições económicas e financeiras de forma tendencialmente idêntica ao ano anterior.

Quando questionados acerca das razões subjacentes ao aumento do orçamento disponível é referido por 46% dos inquiridos a integração no mercado de trabalho de algum elemento do agregado familiar.

Em contrapartida, em relação às questões subjacentes à diminuição de rendimento, 14% dos inquiridos referem o aumento de despesas do agregado familiar e licença sem vencimento, 15% dos inquiridos destaca a redução salarial e 57% a situação de desemprego no agregado familiar.

Realizado desde 2015, o estudo do IPAM evidencia os hábitos de consumo dos portugueses nos últimos anos, que foram marcados por instabilidade financeira, diminuição do orçamento disponível, desemprego, apreensão generalizada face ao futuro, fatores que contribuíram para a construção de um cenário negativo. O ano de 2015 marcou uma alteração neste cenário, com um aumento generalizado de confiança.

De forma a compreender o comportamento dos consumidores em diferentes domínios, o estudo do IPAM procurou ainda identificar quais os fatores considerados prioritários na compra de produtos de diferentes categorias. No caso dos produtos alimentares merece destaque a preocupação com a qualidade (36%), bem como o preço dos produtos, considerado importante por 15% dos inquiridos.

Na compra de bens como roupa, sapatos, brinquedos, entre outros, os argumentos financeiros têm um peso muito importante, sendo a opção de 80% dos consumidores. A este nível, a preocupação com o preço dos produtos (27%) assume destaque. Ainda a realçar a seleção do local de compra em função de campanhas e promoções, evidenciada como importante por 33% dos inquiridos.

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L.Branca/PAE

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