O grupo alemão Metro estima aumentar a sua faturação entre 1% e 3% no ano fiscal de 2018/2019, iniciado a 1 de novembro, impulsionado principalmente pelos mercados da Europa Oriental (excluindo a Rússia) e da Ásia.
Este crescimento é estimado para o negócio "like-for-like"."No próximo ano, vamos ser muito ativos", avançou o presidente da empresa, Olaf Koch. "As nossas prioridades são o foco contínuo nos nossos objetivos, bem como a expansão do nosso negócio digital", disse o executivo, que também revela que a empresa investirá particularmente neste âmbito.
As previsões de EBITDA, excluindo ganhos em transações imobiliárias, apontam para um declínio entre 2% e 6% em comparação com o exercício de 2017/2018 (1.242 milhões de euros). Esse recuo reflete a previsão de dificuldades no mercado russo, bem como os custos da digitalização.
Estas previsões foram anunciadas durante a apresentação dos resultados anuais para o exercício de 2017/2018, em que o grupo aumentou as vendas comparáveis em 0,7%, em relação ao ano anterior. "No geral, o ano foi bem-sucedido para a Metro", disse Olaf Koch.
O volume de negócios total do proprietário da Makro atingiu 36.534 milhões de euros, o que representa um decréscimo de 1,6% em relação ao ano anterior, em resultado dos efeitos negativos das taxas de câmbio.
Enquanto isso, o lucro líquido cresceu 5,9% para o total de 344 milhões de euros, enquanto o EBITDA (excluindo transações imobiliárias) aumentou 1,2% para 1.396 milhões de euros. Desta forma, o gigante alemão cumpriu as estimativas para o ano. "Fizemos progressos significativos em muitas áreas, mas também tivemos de superar uma série de desafios inesperados", sublinhou Olaf Koch, que ressaltou que a empresa tem feito progressos no seu plano de transformação, totalmente focado no negócio grossista, que registou crescimento positivo pelo quinto ano consecutivo.
A subsidiária Metro Wholesale aumentou as vendas comparáveis em 1,3%, alcançando o crescimento pelo quinto ano consecutivo. Por mercados, a Alemanha registou uma melhoria de 1%, enquanto a Europa Oriental (excluindo a Rússia) cresceu 6,1% e a Ásia aumentou 4%.
O volume de negócios da divisão atingiu 29.500 milhões de euros, menos 1,4%, devido às taxas de câmbio desfavoráveis na Rússia, Ásia e Europa Oriental. Em 30 de setembro, a sua rede de estabelecimentos tinha 769 ativos, mais 10 do que um ano antes, com um total de 14 aberturas realizadas ao longo do ano. "Graças às medidas implementadas para o nosso negócio russo, demonstrámos na segunda metade do ano que somos capazes de enfrentar e resolver desafios", defendeu Olaf Koch. "Além disso, criámos as melhores condições para a cadeia de hipermercados Real ter um futuro independente bem-sucedido", observou o executivo, acrescentando que o seu processo de vendas "está a progredir bem".