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22.ª conferência GfK: Conveniência e e-commerce são as tendências que mais crescem no retalho
2018-04-04

A conveniência, a Internet e o “mobile” são as tendências com maior impacto no retalho e que mais vão crescer nos próximos anos.

Esta foi uma das conclusões apresentadas na 22.ª conferência da GfK, intitulada “Saber Crescer”, onde também foi destacado que só irão crescer as empresas que tiverem maior capacidade de reinventar a abordagem junto do consumidor e tiverem melhor conhecimento do mercado.

Nesta conferência, foi revelado ainda que o consumo em Portugal registou, no último ano, um crescimento de 7%, valor muito acima da média da Europa Ocidental (0,2%) e que 2018 se perspetiva igualmente positivo. Destaque para o crescimento de 11% dos grandes eletrodomésticos que, em 2017, foi impulsionado pela substituição de equipamentos e pelo dinamismo do imobiliário. No ano em que se compraram 150 mil casas, o mercado de eletrodomésticos cresceu 30% quando comparado com 2016.

Este comportamento de consumo implica também uma maior procura por equipamentos com maior eficiência energética por parte do consumidor português. Outro aspeto que reforça a modernização em curso das cozinhas dos portugueses é o crescimento em 18% dos produtos encastrados.

Esta tendência de “upgrade”, vivida atualmente em Portugal, é extensível à eletrónica de consumo e em particular aos televisores, que cresceram 2% em vendas, em 2017. Nos televisores, os vetores de crescimento são o tamanho dos ecrãs, as resoluções 4K e ainda as chamadas Smart TV’s com ligação à Internet.

O mesmo comportamento é verificado na compra de telemóveis, categoria valorizada pela procura por equipamentos mais dispendiosos. Esta tendência resultou no crescimento de mercado na ordem dos 14%, em 2017. Em consequência, os smartphones acima de 200 euros valem agora 45% do mercado, quando em 2015 valiam apenas 27%.

Para 2018, Portugal apresenta uma elevada propensão para comprar. O estudo “Consumer Climate” indica que, ao nível do sentimento dos consumidores portugueses, este indicador alcançou o valor mais alto do ano (13,8 pontos) em dezembro de 2017. A última vez que o indicador esteve acima deste valor foi em março de 2000.

As expectativas económicas dos consumidores portugueses recuaram ligeiramente no final de 2017, cifrando-se nos 33,1 pontos em dezembro. Embora seja apenas uma ligeira melhoria face a dezembro de 2016, o indicador continua a ser claramente positivo. As expectativas de rendimentos dos portugueses também são bastante positivas. Em dezembro de 2017, o indicador atingiu os 29,8 pontos. O valor mais alto do ano foi registado em novembro: 33,5 pontos.


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L.Branca/PAE

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