Notícias
Destaques
Artigos
Banco de imagens
Parceiros
Guia de Marcas
Newsletter
Quem somos
Contactos

PUB

Retalho cresce em 2012 ao ritmo mais elevado desde 1999
2013-01-14

Apesar de ter sido um ano desafiante, as vendas a retalho globais cresceram fortemente em 2012, segundo uma pesquisa da Euromonitor. A taxa de crescimento foi a mais alta de 1999, mas reflecte bem as diferenças de ritmo entre os mercados desenvolvidos e os emergentes. Nestes, as vendas são estimuladas pela procura e pela expansão das redes de lojas, enquanto nos mercados maduros são catalisadas pela inflação, com o crescimento, em termos reais, a ser nulo ou mesmo negativo.

As pressões colocadas pela inflação tornaram-se mais determinantes para o retalho de base alimentar. O aumento do preço dos alimentos reflectiu-se num crescimento do volume de negócios, mas também despertou, ainda mais, o lado racional dos consumidores que, mais que nunca, procuraram os melhores negócios. Consequentemente, os lucros dos retalhistas ressentiram-se, saindo beneficiados aqueles que conseguiram equilibrar o aumento dos preços, de modo a manterem as suas margens, com uma oferta atractiva para os consumidores. Na Europa Ocidental, os retalhistas foram muito afectados por esta questão, com as vendas a retalho a caírem, em termos reais, mesmo no canal alimentar.

No não alimentar, os retalhistas estão a enfrentar uma concorrência ainda mais agressiva por parte do comércio electrónico, que este ano atingiu a sua maturidade. O canal gerou fortes vendas e já passou a fasquia do meio milhão de biliões de dólares.

A Amazon, que em 2012 se manteve o título de maior crescimento, está a apertar ainda mais o cerco aos retalhistas baseados em lojas físicas, expandindo a sua gama de produto para novas áreas mais rentáveis, como o vestuário, e ao mesmo tempo investindo mais na distribuição. O culminar deste processo poderá mesmo ser a abertura de lojas físicas, estando já a Amazon a estabelecer parcerias e a implementar nova tecnologia. A retalhista online está já a cooperar com lojas de conveniência e de mercearia, como a 7-Eleven, nos Estados Unidos, e a CO-Op no Reino Unido, que estão a disponibilizar um espaço onde os clientes da Amazon podem levantar os artigos que compraram online. No Reino Unido, a Amazon também aderiu à Collect+, uma rede de mais de cinco mil retalhistas independentes que oferece serviços de entrega, e expandiu esta estratégia através de uma parceria com a Staples, que vai também disponibilizar um espaço para a recolha dos produtos comprados na Amazon em cerca de 1.600 lojas nos Estados Unidos.

Neste sentido, mais que nunca, os retalhistas baseados em lojas físicas têm de encontrar novas estratégias para se diferenciarem. A Best Buy, o maior retalhista mundial de electrodomésticos e electrónica de consumo, tem tido dificuldades em se adaptar e viu o preço das suas acções cair de 23 dólares para 15 dólares no espaço de um ano. A Comet, a terceira maior retalhista britânica, foi vendida, no ano passado, pela Kesa Electricals à OpCapita por apenas duas libras e no final do ano fechou definitivamente as suas portas. Por sua vez, o Game Group, líder europeu na venda de vídeojogos, entrou em insolvência no início do ano. A lista dos retalhistas em dificuldades em 2012 é longa e coincide, muitas vezes, com insígnias que “perderam a voz” junto do consumidor.

Banco de imagens

Mercado

L.Branca/PAE

Multimédia

Exclusivos