Quando iniciámos esta actividade, há cerca de 10 anos, tínhamos mais de 4.000 lojas de retalho em base de dados. Hoje, não chegam a 2.000 os registos de lojas de retalho especializado, contando já com o comércio associado e especialistas de cozinha. Destas empresas, a maioria são familiares e muitas ainda a cargo do fundador. Ainda se associa a gestão das empresas familiares a um modelo antiquado, esquecendo-se que a esmagadora maioria começa a sua existência dessa maneira. No entanto, segundo o guru americano John Davis, professor de Harvard e presidente da consultora Owner Managed Business Institute, “as empresas familiares podem ser imbatíveis quando bem administradas”.
Os maiores desafios que se colocam às empresas familiares de hoje passam por, no entender da Associação Portuguesa de Empresas Familiares (APEF), profissionalizar a gestão, desenvolver um modelo de "corporate governance" eficaz, moderno e transparente e, finalmente, a sucessão de uma geração para a seguinte.
Se bem que alguns dos grandes grupos económicos de carácter familiar, como a Sonae e a Jerónimo Martins, já se encontram com o caminho da sucessão traçado, garantindo a continuidade, muitas outras empresas ainda não o fizeram. A realidade é que mais de metade das empresas familiares portuguesas não têm um plano de sucessão assegurado, apesar de 61 por cento afirmarem que já têm um sucessor escolhido.
Perante este cenário somos levados a questionar se estará o retalho electro preparado para esta transição e para assegurar a sua continuidade?
Conheça os testemunhos de profissionais do sector no avanço do artigo de destaque desta edição impressa da Rm-Revismarket.