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Carlos Zorrinho anuncia novo plano de reforma para 2008/2010 com apostas fortes nas componentes da inovação e conhecimento
2008-10-27

“Negócio Electrónico e Governo Electrónico são duas faces da mesma moeda”. A afirmação é de Carlos Zorrinho, coordenador nacional da Estratégia de Lisboa e do Plano Tecnológico, orador da Digital Business Conference.

Segundo Carlos Zorrinho, quer o governo electrónico, “quer o negócio electrónico, poderão contribuir, de forma decisiva, para minorar as assimetrias e exclusões sociais e económicas sob as quais se desenvolveu o actual paradigma do mundo plano a nível económico”. Para tal, a aposta dos países deverá centrar-se na valorização do conhecimento e na aceleração da facilidade de acesso à informação, aos mercados, aos bens e aos produtos. “Hoje mais do que replicar modelos pré-fabricados, necessitamos de Inovação”, defendeu Carlos Zorrinho, acrescentando que o negócio electrónico é um motor competitivo e um veículo de transformação e que “o Governo Electrónico não se resume a uma mera informatização dos processos, antes constitui um verdadeiro ‘Cavalo de Tróia’ para que ‘melhor Estado’ não seja apenas um slogan”.

O mesmo orador afirmou convicto que é necessário ir além do debate e da crítica em torno da despesa pública, porque o que verdadeiramente interessa é que a actividade económica seja produtiva e de qualidade, de modo a garantir a utilização plena dos recursos de que dispomos.

Referindo o tema da inclusão social, Carlos Zorrinho defendeu a perspectiva de que os cidadãos querem cada vez mais ser protagonistas das políticas que apoiam e deu como exemplo o caso das eleições norte-americanas, que está a captar o interesse de cidadãos que tradicionalmente se mostravam alheios às temáticas políticas.

Para este orador existem quatro questões chave que devem ser contempladas no âmbito do e-government, a qualidade da despesa pública; a transparência e confiança da mesma; a eliminação do factor “desculpa” no processo de empreendedorismo e a inclusão digital.

Carlos Zorrinho alertou ainda para o facto de as razões para a liderança de um país estarem a mudar. “Antes, era a vantagem tecnológica. Agora será a globalização em rede”, afirmou. Os Estados Unidos da América são um bom exemplo. Até aqui tem dominado pela vertente tecnológica. No entanto, os analistas, segundo aquele orador, acreditam que esta vantagem deverá terminar por volta de 2015. Acredito que nos próximos meses assistiremos a uma luta entre o nacionalismo e o network”, afirmou Carlos Zorrinho, acrescentado que, caso vença o network, Portugal tem boas hipóteses de fazer parte da rede vencedora. Isto, se apostar na qualificação dos recursos humanos. “Somos muito bons em redes externas, mas muito fracos em redes internas.” Para este responsável, o caminho assenta na aposta na qualificação, na certificação e na mobilidade e a questão central é a inovação, saber como esta muda os cidadãos e a interacção destes com o conhecimento e a visão cosmopolita, importando ainda a conexão linguística e o acesso à banda larga. “Só desta forma se consegue ligar inovação e pessoas”.

O coordenador nacional da Estratégia de Lisboa e do Plano Tecnológico aproveitou para anunciar o novo Plano Nacional de Reforma – Novo Ciclo (2008/2010), que irá desenvolver esforços no sentido de promover a melhoria da despesa pública, das alterações climáticas, inovação, da mobilidade positiva, do bom ambiente para os negócios e do território inteligente.


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L.Branca/PAE

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