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82% dos empresários portugueses apontam o alívio da carga fiscal como a ação prioritária para alcançar o aumento do PIB
2021-12-09

A maioria dos empresários inquiridos pelo Barómetro Kaizen (73%) concorda que o objetivo de redução da dívida pública não será cumprido até 2022. Ainda assim, para 57% dos gestores, a diminuição da dívida pública é considerada uma ação prioritária para alcançar o aumento do PIB e alavancar o crescimento. Dentro das áreas de intervenção mais relevantes para que o PIB ultrapasse o valor pré-pandemia, o alívio da carga fiscal e a atração de investimento externo, estão também no topo das prioridades, para 82% e 57% dos inquiridos, respetivamente.

Os resultados da edição de novembro deste estudo, desenvolvido pelo Kaizen Institute em Portugal, mostram os empresários ainda cautelosos relativamente ao grau de confiança na economia nacional cujo valor revela um crescimento pouco expressivo de 10,4 (mar/21) para 11,1. No entanto, 66% dos gestores continuam a acreditar que a economia nacional continuará a progredir, ainda que a um ritmo mais lento. Num contexto mais pessimista, 20% dos inquiridos crê que a economia nacional será afetada pelo abrandamento de outras grandes economias, podendo vir a estagnar ou entrar em recessão.

76% dos inquiridos preveem que as suas empresas venham a cumprir ou ultrapassar os objetivos estabelecidos para 2021

No que respeita ao desempenho das empresas representadas pelo Barómetro Kaizen, 40% preveem cumprir as metas estabelecidas para 2021, enquanto 36% prevê ultrapassar os seus objetivos. A existência dos fundos provenientes do PRR não parece afetar a estratégia das empresas, já que 60% confirma que não irá rever o seu planeamento de 3 a 5 anos, em função destes fundos.

“Os resultados desta edição do Barómetro mostram que a confiança dos empresários em relação à economia nacional melhorou ligeiramente nos últimos meses – de 10,4 para 11,1, numa escala de 0 a 20 – e que, apesar de a percentagem dos que esperam cumprir ou ultrapassar os seus objetivos de negócio ser elevada, há muitas empresas que ficaram aquém do que se propuseram.

Na verdade, está criada a consciência empresarial de que a Excelência Operacional já não garante a liderança de uma empresa no seu setor de atividade; é necessário somar-lhe a Excelência na Inovação e no Marketing e Vendas. Somos da opinião que o sucesso depende, na sua maior parte, das decisões estratégicas das nossas empresas e menos de fatores externos. No centro destas decisões não pode faltar o foco no talento e sua retenção, a otimização dos processos alavancada pela sua digitalização e ainda a inovação da proposta de valor.”, realça António Costa, Senior Partner do Kaizen Institute Western Europe.

A Inovação e Lançamento de novos produtos (79%), a Melhoria dos processos de Marketing (44%), a capacitação da força de vendas e melhoria dos processos comerciais (43%) são as principais iniciativas estratégicas delineadas para o crescimento das organizações, revela o estudo.

Por outro lado, a redução de custos, tem vindo a ser atingida através do aumento de produtividade (85%) e da automatização de processos (83%).

O mundo híbrido veio para ficar

A pandemia abriu portas à experiência massiva com modelos de trabalho remoto e 60% dos gestores confirma que, no decorrer do próximo ano, as suas empresas irão adotar um modelo de trabalho híbrido (maioritariamente presencial). No entanto, 35% admite seguir um modelo de trabalho 100% presencial.

O Barómetro Kaizen concluiu ainda que, para 47% dos gestores, a atribuição de bónus e outras compensações são uma das suas principais estratégias para atrair talento. Seguem-se os Modelos de progressão de Carreira (46%) e os aumentos salariais (41%), como outros dos principais eixos para reter os colaboradores.

No contexto da transição digital que temos vindo a atravessar, de realçar que 41% dos gestores revela que avançou para a digitalização das suas operações, sem antes proceder à otimização dos seus processos e definir uma estratégia transversal à organização.

O Barómetro Kaizen é um estudo de opinião desenvolvido semestralmente pelo Instituto Kaizen em Portugal junto de administradores e gestores de médias e grandes empresas que atuam no mercado português sobre a sua perspetiva quanto a temas de atualidade, à evolução da economia e do seu negócio, perspetivando tendências e desafios.

A edição de novembro do Barómetro Kaizen inquiriu mais de 200 gestores de empresas que representam, no seu conjunto, mais de 35% do PIB de Portugal.


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L.Branca/PAE

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