Às portas de mais uma Black Friday, o Portal da Queixa refletiu sobre o impacto e o interesse que este evento importado dos EUA tem nos consumidores portugueses. O estudo realizado revela que, para 75% dos consumidores, o fenómeno não faz sentido considerando as várias promoções existentes ao longo do ano. Porque afinal há descontos o ano inteiro, conclui-se que a “febre” associada à sexta-feira “mais louca” do ano está a arrefecer. Em 2020, apenas 30% dos portugueses fez compras na Black Friday.
É verdade que a maioria dos portugueses compra quando há promoções, mas também é verdade que há marcas com artigos com descontos o ano inteiro. Esta prática instalada veio reduzir o impacto e interesse em eventos promocionais sazonais como a Black Friday. Os resultados foram apurados num estudo recente conduzido pela equipa do Portal da Queixa, a maior rede social de consumidores de Portugal.
De acordo com o inquérito “Estudo Black Friday 2021”, 74,50% dos consumidores é da opinião de que a Black Friday “já não faz sentido”, tendo em conta as campanhas promocionais efetuadas ao longo de todo o ano. No entanto, para 25,50% dos portugueses, o evento ainda continua a fazer sentido.
Questionados se têm por hábito esperar pelas promoções de Black Friday para realizar algumas das suas compras, 50,80% dos consumidores respondeu que ‘sim’ e 49,20% respondeu que ‘não’.
À pergunta “Em 2020 realizou compras no âmbito das promoções de Black Friday?”, apenas 30,40% respondeu que ‘sim’, e 69,60% respondeu que ‘não’.
Relativamente às categorias que registaram (na Black Friday de 2020), o maior volume de compras, segundo a amostra inquirida, lidera o setor da Tecnologia (telemóveis, computadores, televisões) com 58,60% e, em segundo lugar, a categoria Moda (roupa e acessórios) com 51,60%. A terceira categoria que registou o maior consumo foi a referente a Livros/Música/Papelaria com 23%. Segue-se a área da Beleza e Cuidados Pessoais, com 15,60%; Produtos Infantis (11,70%); Alimentação e Bebidas (8,60%); Cuidados Animais e “Outros” em ex aequo (6,60%) ; Mobília e Decoração (5,50%), Viagens (4,70%) e Bilhetes para eventos (1,20%).
Sobre a forma como as compras foram realizadas, os inquiridos responderam: Loja Física (37,90%); Loja Online (46,10%) e em ambas (16%).
Já no que se refere ao investimento, 28,10% disse ter gasto entre 0€ - 100€; 35,50% gastou entre 101€ - 250€ e 19,90% admitiu ter gastado entre 251€ - 500€. Já 6,60% dos inquiridos fizerem compras entre os valores 501€ - 750€ e 9,80% dos consumidores revelou ter feito compra acima dos 750€.
À pergunta “Como avalia a sua experiência com as compras durante a Black Friday?” — entre a pontuação de 1 a 10 —, a maioria dos consumidores inquiridos atribuiu entre os 5 e os 8 pontos, sendo que, a percentagem mais alta (21,90% do universo de inquiridos) atribuiu a classificação de “8” à experiência de compra.
E se os consumidores aproveitam a ocasião para fazer as compras de Natal, o estudo evidenciou que não, com 66,10% das pessoas a responder que não considera a Black Friday uma oportunidade para fazer compras de Natal. Apenas 33,90% respondeu que “sim”.
“De acordo com os resultados do estudo realizado, interpretámos que o fenómeno Black Friday reduziu o seu impacto e interesse junto dos consumidores, consequência direta de todos os momentos de promoções que acontecem ao longo do ano. Aliás, os dados relativos às compras no último ano, dão-nos ainda outra perspetiva: apesar da rápida adaptação às compras online - fruto dos condicionamentos vividos nos últimos tempos -, este não foi, de todo, o momento para comprar. Verificámos também que, ao contrário do que muitas vezes ouvimos, para o consumidor, esta não é vista como uma oportunidade para antecipar as suas compras de Natal.”, analisa Sónia Lage Lourenço, CEO & Founder do Portal da Queixa by Consumers Trust.
O inquérito para o “Estudo Black Friday 2021” foi realizado online e abrangeu um universo de 2000 inquiridos, com idades compreendidas entre os 18 e maiores de 65 anos. A maioria dos consumidores que participou no estudo é do género masculino (61,40%). Do género feminino (37,40%); “Outro” (0,40%) e “Prefiro não dizer” (0,80%).