A Black Friday ainda é um importante evento para o sector do retalho, devendo ser utilizado pelos retalhistas para ajudar a incentivar a antecipação dos gastos de Natal, face à ameaça de disponibilidade limitada de stocks e de interrupção da cadeia de abastecimento, indica a GlobalData.

“As atenções viraram-se firmemente para o Natal, numa altura de preocupações dos consumidores quanto a uma possível escassez de presentes obrigatórios. Na verdade, 40,6% dos consumidores do Reino Unido afirma estar preocupados por não conseguir obter o que quer mais perto do Natal, devido a problemas na cadeia de fornecimento, de acordo com um inquérito da GlobalData“, comenta Juliet Cuell, analista de retalho nesta consultora.

Centrando a sua análise no mercado britânico, a consultora nota que 38,6% dos consumidores britânicos tenciona comprar durante a Black Friday deste ano e que 64,9% dos que têm entre os 16 e os 24 anos pretende participar nas campanhas, uma subida de 4,9 pontos percentuais face a 2020. “Os consumidores mais jovens estão interessados em frequentar as lojas físicas este ano, pelo que os retalhistas deverão oferecer ofertas exclusivas, como amostras gratuitas com uma compra. durante o período promocional, para atrair de volta os compradores“, acrescenta Juliet Cuell.

Categorias populares

As categorias que se espera que sejam populares este ano são as associadas às atividades domésticas.

“Os consumidores têm estabelecido rotinas, desde o início da pandemia, como fazer exercício em casa. O inquérito da GlobalData concluiu que 36,9% dos consumidores pretende comprar artigos de entretenimento e lazer, este ano, mais 8,5 pontos do que ano passado, à medida que investem na atualização dos seus treinos. Os retalhistas devem considerar a criação de guias de compra nos seus sites, como o melhor equipamento de ginástica adequado para uso em casa, de modo a incentivar os consumidores a comprar“, defende Juliet Cuell.

Os produtos para a casa, mobiliário e bricolage também deverão ser bastante procurados este ano, uma vez que 33,3% dos inquiridos nota que pretende comprar este tipo de artigos, num aumento de 10,5 pontos percentuais.

Segundo a GlobalData, é evidente que os consumidores continuam a procurar conveniência e a capacidade de comprar tudo num só local.