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Alemanha crescerá 3,5% em 2021
2021-06-08

O PIB alemão registou uma contração de 1,7% no primeiro trimestre de 2021 face ao trimestre anterior, pondo fim ao crescimento observado no segundo semestre de 2020. As medidas de distanciamento adotadas com o ressurgimento da pandemia, juntamente com o fim das medidas temporárias de redução do IVA, afetaram, em particular, o consumo privado. No entanto, as exportações mantêm um bom desempenho, beneficiando, em especial, da forte procura chinesa. Face ao ano anterior, as exportações alemãs para o país asiático cresceram em fevereiro e março 26% e 38%, respetivamente.

Graças à vacinação, a Crédito y Caución espera que a atividade económica na Alemanha acelere a partir do segundo trimestre deste ano e que atinja o seu nível pré-pandemia no final de 2021. As previsões apontam para um aumento do PIB de 3,5% este ano. A indústria transformadora e a construção civil vão ser os principais vetores dessa recuperação económica, com crescimentos de 8,2% e 3,3%, respetivamente. O setor de serviços terá uma evolução bem mais modesta de 1,7%. As exportações vão aumentar cerca de 9,0%, graças à procura chinesa e à forte recuperação dos EUA impulsionada pelos enormes pacotes de estímulo. O consumo privado vai manter um crescimento bem mais moderado, em torno de 1,7%. Em 2022, a previsível aceleração do consumo das famílias levará o crescimento do PIB para perto dos 4,5%.

As medidas de estímulo fiscal aumentaram o défice acima de 4% em 2020 e 2021. A dívida pública alemã deve chegar a 67% no final deste ano. Embora o travão da dívida, consagrado na Constituição alemã desde a anterior crise económica, deva ser restabelecido em 2022, está aberto o debate sobre se este travão deverá voltar a ser imposto na sua forma atual, na medida em que impede as regiões de terem défice orçamental e limita o défice federal a 0,35% do PIB, face aos desafios que as questões ambientais e a digitalização impõem em termos de investimento público.

A Crédito y Caución prevê que as insolvências empresariais voltem a crescer a partir do segundo semestre de 2021. Num contexto de crescimento, os distintos setores apresentam um desempenho de risco de crédito desigual. A situação financeira de muitos fornecedores do setor automóvel continuará a ser complicada, apesar de se antever um aumento da produção alemã de veículos e de componentes na ordem dos 17% em 2021. O setor de máquinas também continua a enfrentar problemas de liquidez e rentabilidade. As empresas de construção civil enfrentam escassez de materiais e dificuldades em repercutir aumentos de preços, enquanto as empresas siderúrgicas e metalúrgicas beneficiam do aumento dos preços de venda. No setor químico, a maioria das empresas apresenta um baixo risco de crédito.


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L.Branca/PAE

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