59% dos portugueses já compram online, mas no pós-confinamento darão preferência às lojas físicas
Os portugueses, desde março de 2020 até à atualidade, já tiveram de enfrentar dois confinamentos. Mesmo nos períodos em que o confinamento obrigatório não vigorava, as deslocações deviam restringir-se ao estritamente necessário. Neste contexto, a pandemia representou uma oportunidade para o e-commerce, que já é uma realidade para mais de metade dos portugueses.
Os dados são do Observador Cetelem 2021 e dizem-nos que, durante o segundo confinamento, 59% dos portugueses recorreram ao comércio digital, mais 5 pontos percentuais face ao registado em junho de 2020. Durante este segundo confinamento, 11% dos inquiridos revelaram que experimentaram pela primeira vez comprar online – com 5% a afirmar que continuará a fazê-lo e 6% que ainda não sabe. 29% referiram que já compravam, mas que com o confinamento compraram ainda mais (eram 26% em junho de 2020). Da faixa etária entre os 25 e os 34 anos, metade afirma que neste segundo confinamento aumentou as suas compras online.
A pandemia foi um verdadeiro impulsionador do e-commerce, uma vez que em 2018 apenas 32% afirmavam comprar online, em 2019 eram 38% e agora, como já referido, são 59% os portugueses que pelo menos já experimentaram esta via para realizar as suas compras.
Ainda assim, apesar de o e-commerce ter vindo para ficar e ser uma tendência cada vez maior na forma de compra dos portugueses, mais de metade revela que vai continuar a preferir visitar as lojas físicas: 54% dos inquiridos dizem dar preferência às lojas físicas, 40% irão utilizar tanto as lojas online como as físicas e apenas 6% dará preferência às online. Dos 18 aos 44 anos, a resposta predominante aponta para a alternância entre as lojas físicas e digitais e dos 45 aos 64 anos verifica-se uma preferência pelas lojas físicas.
No entanto, dadas as circunstâncias, para se sentirem seguros nas lojas físicas, os portugueses esperam que as lojas controlem o número de clientes dentro do espaço (54%), alarguem o horário de funcionamento para garantir melhor gestão dos fluxos de clientes (44%) e tenham postos de venda higienizados com sistemas de ventilação adequados (40%). 26% querem continuar a ter entregas ao domicílio e 22% gostariam que as lojas permitam fazer pedidos online com ponto específico para levantamento, o que evidencia a tendência mista entre o online e o físico.