Os bens alimentares até conseguiram aguentar embate da Covid-19 e crescer face ao mesmo mês do ano passado, mas nem por isso o índice do volume de vendas no comércio a retalho conseguiu escapar a uma queda de 5,6%, em março. Valor que compara com o crescimento de 8,9% verificado em fevereiro, de acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE).
De acordo com o INE, a evolução do índice “teve subjacente desempenhos totalmente distintos dos seus dois agrupamentos”. É que no caso dos produtos não alimentares as vendas contraíram, em março, 16,8%, quando no mês anterior tinham crescido 8,9%. Já os produtos alimentares cresceram 9%.
Em março, a variação em cadeia do índice agregado foi negativa em 11,8% (3,6% no mês anterior). O agrupamento de produtos alimentares aumentou 1,4% (4,1% em fevereiro) e o de produtos não alimentares diminuiu 22% (aumento de 3,2% no mês anterior. Assim, no conjunto do trimestre, as vendas ainda aumentaram face ao mesmo período de 2019, refletindo o forte desempenho dos primeiros dois meses e meio. “No primeiro trimestre de 2020, as vendas no comércio a retalho subiram 2,5% em termos homólogos (3,5% no trimestre anterior). O agrupamento produtos alimentares registou uma variação de 7,2% (2,4% no quarto trimestre de 2019), enquanto o agrupamento produtos não alimentares diminuiu 1,1% (4,5% no trimestre anterior)”, indica o INE.
A informação respeitante a março reflete já parcialmente efeitos da pandemia de Covid-19, quer no comportamento da atividade económica, quer na quantidade de informação primária disponível na compilação dos resultados apresentados.