Cerca de 82% das empresas portuguesas mantêm-se em produção ou em funcionamento, mesmo que parcialmente, revela o Instituto Nacional de Estatística (INE), numa sondagem semanal feita em conjunto com o Banco de Portugal e que se refere à semana de 6 a 10 de abril.
O mesmo estudo mostra que 16% das empresas encontram-se temporariamente encerradas, enquanto 2% assinalou que tinha encerrado definitivamente. Uma das conclusões é que “a proporção de empresas encerradas (temporária e definitivamente) é maior quanto menor a dimensão”.
O relatório indica, também, que relativamente ao impacto da pandemia Covid-19 no volume de negócios, 80% das empresas em funcionamento ou temporariamente encerradas reportaram um impacto negativo, com 39% a sofrer descidas superiores a 50% nas suas receitas, e 5% um impacto positivo. Estas são, maioritariamente, empresas de grande dimensão. As restantes 15% dizem que não houve um impacto significativo sobre a faturação.
Quando se perguntou às empresas sobre os fatores com muito impacto para a redução no volume de negócios, foram referidas mais frequentemente a ausência de encomendas/clientes e as restrições no contexto do estado de emergência.
O estudo demonstrou, também, que cerca de 26% das empresas reportaram uma redução superior a 50% do número de funcionários efetivamente a trabalhar e 22% reduções entre 10 e 50%.
O recurso ao layoff simplificado aumentou, correspondendo ao principal fator para a redução do pessoal ao serviço efetivamente a trabalhar, tendo sido assinalado por 54% das empresas. Excluindo o layoff simplificado, a proporção de empresas que não prevê o recurso a medidas de apoio aumentou na última semana, atingindo proporções entre 48% e 59%, consoante a medida.
Outra das conclusões aponta que 13% das empresas já beneficiou da suspensão de obrigações fiscais e contributivas e 10% da moratória ao pagamento de juros e capital de créditos já existentes.