Os hábitos de poupança dos portugueses mantiveram-se no último ano. Estarem atentos a promoções ou levar almoço para o trabalho são pequenos gestos que fazem já parte do dia a dia de muitos portugueses. No entanto, apenas 21% conseguiram fazer crescer as suas contas poupança nos últimos 12 meses, de acordo com o Observador Cetelem Literacia Financeira 2019.
Os hábitos de poupança dos portugueses parecem manter-se estáveis face a 2018, é o que revelam os dados do Observador Literacia Financeira, com 47% dos inquiridos a confirmar que poupam, muitas vezes através de hábitos que reduzem gastos.
Aqueles que o fazem com regularidade mensal quase que duplicaram, passando dos 13% em 2018 para 22% este ano. Aumenta também a percentagem dos portugueses que dizem poupar de forma pontual, através dos subsídios de férias e de natal, ou dos prémios de produtividade (7% em 2018, para 14% em 2019). Regista-se uma ligeira diminuição dos que referem não fazer poupanças, que passou dos 46% em 2018 para 44% este ano.
Mas que estratégias de poupança usam os portugueses?
À semelhança do ano passado, o principal meio de poupança continua a ser a atenção às promoções (31%), ainda que se tenha registado uma descida de 5 pontos percentuais em comparação com 2018. Tomar mais vezes o pequeno almoço em casa ganha relevância este ano: 19% dos inquiridos admite fazê-lo (mais p 9.9. que em 2018); logo de seguida, levar o almoço para o trabalho (18%). Outras formas de poupança mencionadas foram a utilização de cupões (13%); a utilização de transportes públicos (8%); ir a pé para o trabalho (2%); ou ir de bicicleta (1%).
No último ano, 56% dos portugueses disseram ter colocado algum montante de parte, utilizando a conta a prazo como principal meio (21%). Já a alternativa da conta à ordem registou 14% das preferências entre os inquiridos. De salientar ainda o aumento da opção de poupança através de guardar dinheiro em casa, seja num mealheiro, cofre ou outro, que regista também 14%. Por fim, 7% investiram noutros produtos bancários.
43% dos portugueses dizem estar parcialmente satisfeitos com o nível de poupanças do seu agregado familiar e apenas 1% estão totalmente satisfeitos. 35% não estão nem satisfeitos, nem insatisfeitos e 11% dizem estar parcialmente ou totalmente insatisfeitos.