No primeiro semestre de 2019, o volume de negócios da Sonae aumentou 11% em termos homólogos, para 2.985 milhões de euros, beneficiando de um forte crescimento na Sonae MC (+198 milhões de euros) e na Sonae IM (+21 milhões de euros), e também da consolidação das contas estatutárias da Sonae Sierra (+86 milhões de euros). No segundo trimestre de 2019 registou-se uma aceleração do crescimento, com o volume de negócios a crescer 13,1%, superando 1.500 milhões de euros.
No retalho de eletrónica, a Worten atingiu um volume de negócios de 473 milhões de euros no semestre, em linha com o ano passado. A estabilidade do volume de negócios, conjugada com os esforços continuados com vista à transformação digital, levaram a um EBITDA subjacente de 15 milhões de euros. Este desempenho é o resultado de um aumento das vendas em termos homólogos no segundo trimestre, de 2%, apesar de em 2018 as vendas terem disparado na categoria de imagem (nomeadamente em televisores) devido ao Mundial de Futebol. Em linha com a sua estratégia omnicanal baseada na digitalização, o Marketplace da Worten está a evoluir de forma positiva, reforçando o crescimento das suas vendas online, que se situou acima de 50% no segundo trimestre de 2019 em Portugal. Face a este sucesso, a Worten decidiu reforçar a sua estratégia omnicanal em Espanha, implementando um programa ambicioso para melhorar a rentabilidade nesta geografia a curto-médio prazo, que inclui o reforço da aposta no online, a maior eficiência de custos na estrutura e a suspensão de lojas com menor retorno.
A aceleração do crescimento das vendas da Sonae refletiu-se na melhoria da rentabilidade operacional. O EBITDA subjacente cresceu 24,4%, de 195 milhões de euros no primeiro semestre de 2018 para 243 milhões de euros no periodo homólogo de 2019, sustentado pelo desempenho positivo da Sonae MC, Sonae Fashion e Sonae FS, assim como pela consolidação da Sonae Sierra. Numa base comparável e excluindo a contribuição da Sonae Sierra, o EBITDA subjacente teria crescido 10% em termos homólogos.
Já o EBITDA cresceu cerca de 10%, para 284 milhões de euros, beneficiando também do aumento nos resultados do método de equivalência patrimonial, que foram impulsionados pela consolidação integral da Sonae Sierra e também pela clara melhoria de desempenho da ISRG, que teve um contributo positivo de +3 milhões de euros.
Apesar da forte performance operacional, com crescimento das vendas e da rentabilidade, o resultado líquido atribuível aos acionistas fixou-se em 38 milhões de euros, abaixo do valor registado no ano passado, devido sobretudo ao ganho de capital no segunto trimestre de 2018 da transação da Outsystems. Excluindo esta operação, o resultado líquido teria aumentado 24%.