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57% dos portugueses privilegiam produtos fabricados em território nacional
2019-05-08

No momento de compra, a maioria dos consumidores (57%) parece preferir o consumo de bens produzidos em Portugal. Mas quando se trata de avaliar a disponibilidade dos produtos nos vários setores, as opiniões dividem-se. Sobre os produtos alimentares as opiniões são quase unânimes, 96% dos consumidores constatam a disponibilidade de produtos locais; seguem-se os produtos têxteis (79%), e em terceiro lugar os produtos de decoração e mobiliário (76%).

Segundo dados do Observador Cetelem Consumo, metade dos consumidores expressam preferência por produtos fabricados nos respetivos países. Os consumidores portugueses estão ligeiramente acima da média, com 57% a referir preferir produtos fabricados em Portugal.

Mas as compras de 1 em cada 5 europeus não são influenciadas pela origem dos produtos, com maior expressão entre britânicos (34%), belgas (34%) e espanhóis (30%). Por outro lado, os países em que os consumidores dão mais valor à proveniência são a Itália (90%), a Bulgária (88%) e a Aústria (87%). Em Portugal, 79% dos consumidores dão importância à origem dos produtos.

Oferta de produtos locais

Quando se trata de avaliar a disponibilidade de produtos locais em diversos setores (alimentar; lazer; higiene e beleza; têxtil e tecnologia) as opiniões voltam a dividir-se. Relativamente aos produtos alimentares, a opinião é praticamente unânime, 93% dos europeus constatam a disponibilidade dos produtos locais e um grande número de consumidores portugueses têm a mesma opinião (96%).

Sobre o sector de produtos para o lar, mais de metade dos europeus (59%) considera existir uma grande disponibilidade de produtos locais, embora sejam observadas diferenças relevantes entre os países inquiridos. Em Portugal, 76% dos consumidores dizem que há uma quantidade considerável de oferta de produtos para o lar no mercado.

No domínio dos têxteis, 79% dos portugueses expressam uma opinião favorável face à disponibilidade, resultado que pode ser influencia da tradição de fabrico no país e que é a percentagem mais expressiva entre os países europeus, sendo a média de 54%. Neste capítulo, os franceses são os que mais reservas expressam (30%).

É no sector tecnológico que os europeus mais questionam a disponibilidade de produtos locais (35%), colocando em evidência a dependência do bloco europeu face a outros, seja o norte-americano, seja o asiático. Os portugueses parecem seguir a mesma tendência, com apenas 32% dos consumidores a afirmar que existe tecnologia produzida em Portugal. Os mais otimistas nesta matéria são os romenos, com metade dos inquiridos a percecionar a existência de uma oferta local neste sector. E, pelo contrário, apenas 1 em cada 5 franceses parecem partilhar esta opinião.


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L.Branca/PAE

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