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Worten lança novo modelo de negócio "Se não se come, a Worten vende"
2018-09-19

Uma empresa digital que também tem lojas físicas. É este o novo posicionamento da Worten, que anunciou, esta quarta-feira, dia 19 de setembro, o lançamento do seu novo modelo de negócio

A partir de amanhã, dia 20 de setembro, o site da Worten, que é, simultaneamente, a maior loja da insígnia, tendo já ultrapassado a loja do Colombo, a maior, ao nível ibérico, em termos de vendas, e o maior site transacional em Portugal, irá ficar ainda maior, com o reforço do digital através de novos modelos de negócio e a entrada noutras categorias de produto. "É, no fundo, uma nova Worten, porque vem mudar substancialmente o ADN da marca, que visa uma estratégia de transformação numa empresa digital, com lojas físicas e um toque humano", defende Mário Pereira, Chief Operating Officer da Worten.

O novo marketplace, resultado de um investimento de sete milhões de euros, deriva de um processo de reflexão feito nos últimos dois anos sobre o modo como o digital tem impactado a vida dos consumidores e afetado o sector do retalho. Citando dados da consultora IDC sobre o negócio digital, Mário Pereira sublinhou que, apesar de apenas 9% ser feito online, abaixo da média europeia de 11,3%, este está em franco crescimento. As estimativas são de que, até 2025, o número de portugueses que compram online cresça do atual um terço para perto de 60% e que o volume de negócios duplique e atinja os 8,9 mil milhões de euros. Também na Worten, o negócio digital tem vindo a evoluir positivamente, com as vendas a crescerem 50% em Portugal e 65% em Espanha, de 2016 para 2017.

Com o lançamento do seu novo marketplace, que representa a criação de 100 novos postos de trabalho, particularmente nas áreas de tecnologias da informação e de gestão de produto e comercial, a insígnia do Grupo Sonae passa a estar presente em sete das 10 categorias de produto mais vendidas online em Portugal, através do alargamento da sua oferta via aquilo que designa de "sellers especializados com a garantia de confiança Worten". Neste novo modelo de negócio, os parceiros são responsáveis pela disponibilidade de stock, pela definição dos preços, pela entrega, embora possam a vir ser estudados modelos logísticos que beneficiem das vantagens competitivas já alcançadas pela Worten, e pela faturação. Já a Worten contribui com o tráfego gerado pelo seu site, os pagamentos e a relação com os clientes. De acordo com Inês Drummond Borges, diretora de marketing da Worten, "o elemento diferenciador deste marketplace é, precisamente, a sua adaptabilidade àquilo que for a evolução do mercado e dos clientes", pelo que quer a logística, quer a questão do pós-venda poderão assentar em modelos híbridos, que beneficiem da grande capacidade da insígnia ou do seller, consoante seja, em cada caso, mais vantajoso para o cliente. Nesse sentido, em muitos casos, poderá ser a própria Worten a prestar o serviço pós-venda, ao nível da devolução e reparação dos produtos, dos seguros e das garantias. Paralelamente, a rede de lojas será utilizada como apoio à compra e recolha dos produtos comprados no marketplace e o serviço de apoio ao cliente da Worten como um meio para o cliente tirar dúvidas e resolver questões.

Para já, são 30 as novas categorias de produto em que a Worten passa a estar presente com o lançamento deste marketplace, que será progressivamente alargado. No momento do lançamento, o foco está no segmento do mobiliário, decoração e descanso e o site da Worten cresce com mais 100 mil referências, com a expectativa de que, no final do ano, seja um milhão. Mário Pereira acredita até que, rapidamente, se ultrapassarão estes números. A título de exemplo, a Worten oferece já cerca de oito mil colchões, uma área de negócio que o COO considera particularmente promissora, tendo em conta as tendências globais, onde o online é um forte canal de vendas neste segmento, e cerca de 15 mil SKUs de acessórios para telecomunicações, outra área importante em termos de e-commerce.

"Decoração casa com tecnologia" é o mote da campanha de lançamento deste marketplace, num reforço, precisamente, da complementaridade das novas categorias de produto com aquele que é o negócio "core" da Worten. A campanha multimeios vai estar presente em televisão, na rede de mupis (a comunicar tanto o conceito como os produtos, de modo a materializar, na mente do consumidor, estas novidades), e nas próprias lojas. As de maior dimensão, como a do Colombo, onde decorreu a conferência de imprensa sobre este novo modelo de negócio, passam a ter um espaço dedicado ao marketplace, onde se destacam, precisamente, produtos da categoria de casa e decoração. Nas mais pequenas, os topos de gôndola e as ilhas no meio dos corredores representam os artigos que passam a estar ao dispor do consumidor no marketplace.

"Se não se come, a Worten vende", gracejou Mário Pereira para exemplificar esta ambição da insígnia em marcar presença noutros universos de produto. O marketplace arranca com cerca de 100 vendedores, metade dos quais nacionais, e a cada semana serão acrescentados novos parceiros. "O papel do retalhista é fazer a ponte entre quem vende e quem compra e, com este modelo, a Worten assume ainda mais esse papel. Trata-se de acrescentar valor, uma capacidade que temos reforçada dada a nossa rede de mais de 180 lojas a nível nacional, que nos permite ter uma grande proximidade com o consumidor e saber do que gosta", destaca Inês Drummond Borges. Uma vantagem competitiva que a Worten tem face, por exemplo, à tão temida Amazon, que prepara a sua entrada direta no mercado nacional e que domina em Espanha, mercado onde, a partir de janeiro, será também lançado este marketplace, já com um milhão de produtos disponíveis. "Acreditamos que o mundo não vai ser liderado por uma única empresa. Não é só de algoritmos, análise e dimensão que se faz um negócio. Este é também relacional, feito por pessoas".

As lojas físicas serão impactadas pela entrada neste novo modelo de negócio, não tanto ao nível da expansão, mas do próprio conceito em si. De facto, os planos de expansão previstos para este ano não se alteraram pelo facto de se lançar este marketplace, com a Worten a destinar 10 milhões de euros na abertura de 11 lojas em Portugal, seis já concretizadas, e 10 em Espanha, onde seis também já inauguraram. Em contrapartida, o espaço de loja terá de ser repensado, de modo a contemplar áreas que façam a ponte com o digital. "Vemos a Worten, em particular, e o retalho, de um modo geral, como um único corpo intrincado entre online e offline. É por aí que, inegavelmente, passa o futuro e o nosso é, claramente, sermos uma empresa digital com lojas físicas", assegura o diretor de operações.

Escusando-se a divulgar os objetivos de vendas para o marketplace, Mário Pereira adiantou, contudo, que "a ambição é grande" e que os objetivos são "relevantes o suficiente para justificar sete milhões de euros em termos de investimento". O retorno é esperado neste e nos próximos exercícios fiscais, estando previstos novos investimentos para o marketplace nos anos seguintes. Recorde-se que, em 2017, a Worten obteve um recorde de vendas e que, na primeira metade deste ano, reportou um crescimento de 7,1%. O segundo semestre, dizem os responsáveis da insígnia, está em linha com esse desempenho.

O lançamento do marketplace vem, assim, abrir mais margem de evolução para a Worten quer em Portugal, quer em Espanha, mercados onde está concentrada, embora "esteja em permanente análise e estudo de outras oportunidades de expansão e de desenvolvimento do negócio que possam surgir". Até porque este tipo de modelos mais "capital light", onde se inclui a franquia que permitiu à Worten chegar a Angola, possibilitam que, hoje, já venda para 17 países, inclusivamente como "seller" noutros marketplaces. "Não existem planos estanques e pré-definidos do que possa vir a ser o futuro da marca", conclui.


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L.Branca/PAE

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