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Insolvências globais aproximam-se do ponto de viragem
2018-09-19

De acordo com as mais recentes previsões divulgadas pela Crédito y Caución, as insolvências nos mercados avançados vão diminuir cerca de 4,6% em 2018. No entanto, o relatório da seguradora de crédito alerta para a proximidade de uma mudança de cenário. "O crescimento mundial está a perder impulso à medida que os riscos de queda aumentam, em especial devido à incerteza em torno da política comercial, o que justifica uma perspetiva mais cautelosa para 2019".

Prevê-se que as insolvências diminuam 5% no conjunto da zona euro em 2018. Isso deve-se ao sólido crescimento do PIB, à descida do desemprego e à confiança das empresas e dos consumidores que está em alta. Para 2019 a previsão baixa para 1,8% devido a riscos como a ameaça do protecionismo, um Brexit severo ou a incerteza política em Itália. Espera-se que a primeira economia da região perca impulso gradualmente durante os próximos dois anos, à medida que a procura externa enfraquece. Neste contexto, após a queda de 4% em 2018, o relatório prevê uma estagnação das insolvências na Alemanha em 2019.

Quanto ao Reino Unido, o relatório prevê aumentos das insolvências em 2018 (6%) e 2019 (3%). "O cenário de referência é a saída oficial da União Europeia no próximo ano, acompanhada, de imediato, por um acordo de transição. Caso esse acordo não funcione e ocorra um Brexit severo é provável que o número de falências empresariais no Reino Unido aumente ainda mais", refere o relatório.

Nos Estados Unidos, a forte expansão do crescimento está a impulsionar uma queda de 8% nas insolvências em 2018. No entanto, o relatório observa que "os riscos estão a pesar cada vez mais nas perspetivas para os EUA e podem ter implicações negativas para o setor empresarial". Assim, para 2019, o relatório prevê uma redução de 2%. O setor exportador vê-se afetado pela incerteza quanto ao fortalecimento do dólar e a possíveis barreiras comerciais. No mercado interno, as mudanças nos padrões de compra estão a provocar falências importantes no comércio retalhista e o aumento das taxas de juros atua como obstáculo ao financiamento das empresas norte-americanas.


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L.Branca/PAE

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