A ciência mostra que a forma como tratamos o nosso corpo pode ter consequências graves, como patologias cardíacas ou doenças crónicas. Para evitar complicações no futuro e contribuir para o bem-estar, os portugueses parecem querer abraçar uma vida mais saudável. A aposta neste estilo de vida custa, em média, cerca de 200€ mensais, repartidos entre mensalidades do ginásio (33€), vestuário ou calçado desportivo (146€), seguros (81€) e produtos saudáveis (114€).

Em termos de custos relacionados com a prática de exercício físico, os portugueses dizem despender entre 20€ a 40€ na mensalidade do ginásio, registando-se uma média de 33€ por mês. Este valor diz respeito às pessoas que treinam no ginásio, mas é importante notar que 44% dos praticantes de exercício físico fazem-no ao ar livre, pelo que não têm este tipo de despesa.

Porque mais vale prevenir que remediar, a grande maioria das pessoas que praticam exercício físico consideram importante possuir um seguro que proteja uma eventual lesão (80%). Contudo, apenas 51% possui efetivamente um seguro. Se à mensalidade do ginásio somarmos este investimento, cujo prémio anual ronda os 80€, os custos médios ascendem aos 58€ mensais. 68% dos praticantes que possuem um seguro são do sexo masculino, de uma faixa etária entre os 25 e os 34 anos (42%). Já entre as mulheres, apenas 32% confirmam estar protegidas no contexto da atividade física.

O equipamento próprio para fazer exercício, como bicicletas, não é fonte de investimento por parte de 87% dos praticantes de atividade física. A moda, no entanto, é um caso diferente. Em média, os portugueses gastam 146€ anuais em vestuário e calçado, sendo que 85% afirmam gastar até 250€, sobretudo elementos do sexo masculino (83%) e pessoas com idades entre 25 e 34 anos (84%).

Quando a tudo isto acrescentamos uma alimentação e o consumo de produtos saudáveis, o valor mensal total sobe para 200€ de investimento. Os produtos saudáveis acarretam custos de cerca de 114€ mensais para os praticantes de exercício físico, mas o valor baixa para 98€ na média geral do estudo.

Se para uns estes números pode parecer excessivo, há quem considere que as consequências para a saúde resultantes de uma vida sedentária e de maus hábitos alimentares compensam os gastos, já que podem ser graves e têm um efeito prolongado. Além dos efeitos para a saúde, os hábitos pouco saudáveis conduzem a maiores despesas médicas, mais gastos com medicamentos e, em casos extremos, reformas por invalidez.