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Sodastream enaltece discussão sobre proibição de venda de bebidas em copos de plástico descartável
2018-01-18

A Sodastream enaltece as recentes notícias que apontam para uma proibição da venda de bebidas em copos de plástico descartável pela Câmara Municipal de Lisboa e desafia inclusive, à discussão sobre o alargamento desta proibição também às garrafas de plástico e que essa proibição não fique circunscrita à cidade de Lisboa.

“A Sodastream não esquece o falso argumento que a indústria de água engarrafada tem vindo a promover e que tem de ser esclarecido também em Portugal. Perante o incontornável malefício do plástico para o planeta, as empresas que compõem a indústria de água (e bebidas) engarrafada atestam que as suas garrafas de plástico são recicláveis. Contudo, a maioria dos 200 mil milhões de garrafas de plástico compradas todos os anos não são recicladas”, evidencia João Castro COO da Cleverhouse, representante da Sodastream em Portugal.

Relatórios do EurActiv referem que apenas 23% das embalagens plásticas são recicladas em França. A média de reciclagem na Europa é também de apenas 29,7%. Adicionalmente, importa referir que a reciclagem reduz apenas uma parte da pegada de carbono produzida pelo transporte e distribuição, processamento e produção destas garrafas. De acordo com a The Carbon Trust, reduz a pegada de carbono de uma garrafa de plástico em apenas 20%.

Estima-se que existam cerca de cinco triliões de pedaços de plástico a boiar nos oceanos, provocando anualmente a morte de um milhão de aves e animais marinhos. Só na Europa, são produzidos anualmente 25,8 milhões de toneladas de resíduos plásticos. Está previsto que, na próxima década, os oceanos poderão chegar a conter um quilograma de plástico por cada três quilogramas de peixe. “Estes números são gritantes e espelham a urgência na mudança de comportamentos não só dos consumidores, mas essencialmente da indústria que teima em oferecer o seu produto em embalagens nocivas para o ambiente”, frisa João Castro, que acrescenta que “desde 1988 que os conservadores dos oceanos alertam para o apelidado de 'Great Pacific Garbage Patch', uma ilha flutuante do tamanho do Texas compreendida por desperdícios plásticos”.

A Sodastream Alemanha organizou, em 2017, uma campanha apelidada de #goodbyeplasticbottles, que reuniu mais de 120 mil assinaturas. A petição foi dirigida à ministra federal do meio ambiente, Barbara Hendricks, à chanceler alemã Angela Merkel, bem como ao atual e futuro governo da República Federal da Alemanha, com o objetivo principal de eliminar totalmente o consumo em garrafas PET descartáveis até 2025.

De acordo com um relatório do Greenpeace intitulado “Plastic Debris in the World’s Oceans”, mais de 267 diferentes espécies de aves marinhas, tartarugas, focas, leões marinhos, baleias e peixes foram vítimas da ingestão de plástico ou emaranhamento. “Em Portugal, a situação é igualmente urgente. Segundo o recente estudo da Universidade de Aveiro sobre lixo flutuante em Portugal, foram localizados 750 mil objetos a flutuar no mar português, sendo a maior parte de plástico. Esta situação é absolutamente prejudicial para a fauna marinha, principalmente para peixes, aves e mamíferos marinhos. É urgente mudar o paradigma, forma de pensar e, consequentemente, o comportamento”.

Com a produção de plástico a aumentar de 225 milhões de toneladas, em 2004, para 311 milhões, em 2014, João Castro conclui que é mesmo “impossível continuar a ignorar o impacto que o plástico tem no meio ambiente. E os principais responsáveis, a indústria de bebidas engarrafadas nacional e internacional, não podem continuar a fugir à responsabilidade que a sua atividade tem para com o meio ambiente. E, de uma vez por todas, assumir que a reciclagem dos copos e das garrafas de plástico não resolve o problema, pois apenas uma minoria é efetivamente reciclada. É necessário encontrar novas formas de disponibilizar os produtos/bens, sob pena de condenarmos de forma tão egoísta a humanidade e as próximas gerações, os nossos filhos”.


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L.Branca/PAE

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