A premiumização é uma das principais tendências do mercado de consumo, com a previsão do aumento das vendas dos produtos premium, ou seja, os que custam pelo menos 20% mais que a média da categoria.

De acordo com um estudo da EAE Business School com base em dados da Deloitte, esta tendência é comum a um amplo conjunto de categorias de produto, incluindo mesmo aqueles de consumo quotidiano.

A inclusão de ingredientes ou processos de produção que posicionem os produtos com atributos associados à ecologia, responsabilidade ou sustentabilidade é cada vez mais necessária para que sejam considerados como premium. 42% dos consumidores em todo o mundo estão dispostos a pagar mais por produtos feitos com ingredientes orgânicos ou naturais, 39% por produtos feitos de forma amiga do ambiente e quase 31% por produtos vinculados a práticas responsáveis em algum âmbito da sua produção ou comercialização.

Os consumidores mais jovens são mais propensos a pagar mais por altos standards de qualidade, por um desempenho superior e pelos ingredientes orgânicos ou totalmente naturais. Os Millennials, que pelas suas limitações económicas são altamente sensíveis ao preço, estão a transformar o conceito premium que consideram dever incluir requisitos como a simplicidade, a saúde, a sustentabilidade e a responsabilidade social.

O principal catalisador das vendas dos produtos premium é a clara melhoria do poder de compra dos consumidores, assim como a proliferação de novas marcas. O estudo observa que as novas propostas no mercado tendem a posicionar-se em níveis elevados de preço e qualidade, seguindo a tendência no consumo.

Em 2020, os consumidores aumentarão o foco nas experiências, consciencialização sobre o consumo de alimentos e os seus potenciais efeitos na saúde, obsessão pelo aqui e agora e comunicação direta com as marcas através das redes sociais.