De acordo com os resultados do estudo do Observador Cetelem, os portugueses não querem alterar os seus hábitos de poupança. Assiste-se, inclusivamente, entre os consumidores nacionais a uma maior vontade para poupar. Entre os motivos mencionados para a decisão de evitar abrir os cordões à bolsa, 79% dos inquiridos assumem a necessidade de reduzir despesas devido às limitações financeiras.
Apesar da confiança dos consumidores portugueses atingir máximos de uma década, estes não parecem pretender alterar a sua estratégia de maior poupança. Quando comparados com os seus congéneres europeus, os consumidores nacionais são mesmo os que mais manifestam a necessidade de poupar. Entre os inquiridos pelo Observador Cetelem Consumo 2017, 57% dos portugueses garantem ter atenção aos gastos, mais 4% do que o expresso em 2016. Este é um valor que fica bem acima da média global do estudo, que não ultrapassa os 41% (menos 1% que em 2016).
Questionados sobre os motivos que levam à decisão de conter gastos, 79% dos inquiridos portugueses referem a necessidade de limitar despesas, enquanto a vontade de poupar é mencionada por 67%, a mesma percentagem daqueles que assumem a preocupação com o futuro como um inibidor dos seus gastos.
Sobre as suas despesas em geral, 42% dos portugueses indicam as limitações financeiras como o principal motivo para gastar menos. Segundo o estudo, 54% dos portugueses inquiridos assumem consumir normalmente, mas, ainda assim, sempre com a devida atenção à carteira, para evitar excessos.
Ainda que a poupança seja palavra de ordem para a generalidade dos consumidores, 33% dos portugueses admitem que as despesas em 2017 estão a aumentar face a 2016, mais 2% que o mencionado no ano transato. No entanto, este é um valor bem abaixo da média global do estudo, 46%, média, essa, que cresce 6 pontos percentuais face a 2016.