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Cresce a morosidade nos pagamentos na Europa Ocidental
2017-05-16

De acordo com o mais recente Barómetro de Práticas de Pagamento divulgado pela Crédito y Caución, nove em cada dez empresas na Europa Ocidental registaram situações de atraso no pagamento das suas faturas B2B, tanto no mercado doméstico como nos mercados de exportação, situação que afeta 41% do valor total das suas operações a crédito B2B, face aos 39% registados em 2016. 

O estudo indica que os fornecedores são mais prudentes ao oferecer crédito a clientes estrangeiros, o que se traduz em níveis de morosidade e falta de pagamento mais elevados aos clientes domésticos. A insuficiente disponibilidade de fundos é apontada por 44% das empresas como a razão pela qual os seus clientes entram em situação de atraso de pagamento, enquanto 26% das empresas inquiridas no barómetro referem o uso das faturas como fonte de financiamento alternativo e 24% acredita que os procedimentos de pagamento foram considerados demasiado complexos pelos seus clientes. Sem melhorias significativas no panorama de insolvências na Europa, as empresas apenas registaram alterações no nível das suas faturas não pagas, que se situa nos 1,3%. 

Em Espanha, principal mercado de exportação para as empresas portuguesas, a morosidade nos créditos comerciais aumentou dois pontos percentuais no mercado interno, situando-se nos 44%, e um ponto percentual nas operações de exportação (42%). Os atrasos de pagamento em Espanha afetam 90% das empresas no mercado doméstico e 84% nos mercados externos. As principais razões para a morosidade em Espanha são as mesmas que na Europa Ocidental: insuficiência de fundos (53%), financiamento alternativo (28%) e complexidade dos procedimentos de pagamento (21%). A morosidade obriga 30% das empresas espanholas a adiar os seus próprios pagamentos a fornecedores e provoca perda de receitas a 17%. A indústria química e os serviços a empresas são os sectores onde a morosidade é mais prolongada. 

A percentagem de incumprimento em Espanha (1,5%) continua a ser uma das mais elevadas da Europa Ocidental. As taxas de não pagamento mais elevadas concentram-se nos sectores de materiais de construção, bens de consumo duradouro e serviços. 

25% das empresas espanholas esperam um agravamento no comportamento de pagamento dos seus clientes B2B, enquanto 23% antecipam uma melhoria. A seguir às alemãs (23%), as empresas espanholas (22%) são as mais inclinadas a modificar a sua gestão de crédito de modo a estarem protegidas do impacto do Brexit, da desaceleração nos mercados da Ásia e do protecionismo nos Estados Unidos da América.


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L.Branca/PAE

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