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Jerónimo Martins e Sonae descem no ranking dos maiores retalhistas do mundo
2017-01-19

As receitas agregadas das 250 maiores empresas de retalho a nível mundial atingiram os 4,31 biliões de dólares no ano fiscal de 2015, correspondente ao último exercício encerrado até junho de 2016, de acordo com o estudo “Global Powers of Retailing 2017: The art and science of customers” da Deloitte.

As cadeias norte-americanas Wal-Mart Stores, Costco Wholesale Corporation e The Kroger mantêm a liderança no ranking global, seguidas pela alemã Schwarz, dona do Lidl. Apesar dos quatro maiores retalhistas manterem este ano as suas posições, as restantes posições no top 10 alteraram-se significativamente, com destaque para a entrada da Amazon, empresa fundada em 1994 e que se estreou no ranking em 2000 na 186.ª posição. 


A nível nacional, a Jerónimo Martins e a Sonae continuaram a assegurar lugares relevantes no ranking, mantendo a sua posição relativa dentro da Zona Euro. O desempenho positivo registado pelos dois retalhistas portugueses não foi, contudo, suficiente para compensar a desvalorização do euro face ao dólar, tendo por isso ambas descido no ranking global. A Jerónimo Martins caiu da 59.ª posição alcançada no ano passado para a 64.ª (19.ª da Zona Euro). A dona das cadeias Pingo Doce, Biedronka e Ara atingiu, no último ano fiscal, um crescimento de 8% das receitas em euros, impulsionado pelo reforço da liderança da operação na Polónia. Já a Sonae desceu 18 posições face à edição anterior do estudo e é atualmente a 175.ª (41.ª da Zona Euro). Apresentou um crescimento de 1% nas receitas em euros, resultado da aposta na inovação e na crescente internacionalização das suas insígnias.

A desvalorização cambial das principais divisas face ao dólar penalizou os retalhistas europeus no ranking deste ano, que viram a sua presença reduzida de 93 para 85 empresas e a sua receita acumulada em dólares decrescer 14% face ao ano anterior. “Um total de 23 retalhistas desta região viu as suas receitas convertidas em dólares decrescer no ano fiscal de 2015. Neste cenário, torna-se claro porque são também os retalhistas europeus os mais ativos na procura de crescimento fora dos seus mercados de origem: cerca de 40% das suas receitas foram geradas em mercados externos no ano fiscal de 2015, o que representa mais do dobro da média de todas as empresas presentes no ranking”, afirma Pedro Miguel Silva, associate partner de consultoria da Deloitte.

Pelo terceiro ano consecutivo, o crescimento das receitas dos 250 maiores retalhistas de moda e acessórios ultrapassou o dos restantes segmentos. Historicamente, este segmento é também o mais rentável e o ano de 2015 não foi exceção. No entanto, os retalhistas alimentares mantêm- se, com grande distância, como as empresas de maior dimensão (receita média de cerca de 21,6 mil milhões de dólares), e com maior representatividade no ranking (133 retalhistas que representam pouco mais de metade das 250 maiores empresas e dois terços das receitas agregadas). 



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L.Branca/PAE

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