O quarto trimestre da Jerónimo Martins encerra um ano de crescimento, com o grupo a atingir vendas de 14,6 mil milhões de euros, mais 6,5% do que no ano anterior. A taxas de câmbio constantes, as vendas teriam crescido 9,8% e ultrapassado os 15 mil milhões euros, de acordo com as contas preliminares.
O foco da Biedronka, Pingo Doce e Recheio no crescimento “like-for-like” impulsionou aumentos de quota de mercado destas insígnias, que fortaleceram a sua relevância junto dos consumidores. A oferta reforçada da Biedronka, em conjunto com ações comerciais mais assertivas, permitiram que a insígnia maximizasse os benefícios de um ambiente de consumo favorável, gerando um crescimento “like-for-like” de 9,5% no ano. O “like-for-like” foi particularmente forte no quarto trimestre (+11,9%), refletindo também o êxito de algumas campanhas-chave no período. As vendas totais aumentaram 6,3% (10,8% a taxa de câmbio constante), atingindo 9,8 mil milhões de euros.
A Hebe também soube tirar partido das oportunidades no mercado polaco de saúde e beleza e registou um crescimento de 22,1% (27,4% a taxa de câmbio constante).
O Pingo Doce, apesar da maturidade e do aumento de capacidade instalada no mercado, apresentou um sólido crescimento de vendas de 4,4%, com o “like-for-like”, excluindo combustível, a atingir 1,2% (1,3% no quarto trimestre).
O Recheio atingiu vendas de 878 milhões de euros, mais 5,9% em relação ao ano anterior, suportadas por um crescimento “like-for-like” de 5% (6,7% no quarto trimestre).
A Ara manteve uma forte dinâmica comercial em todas as regiões, elevando as vendas para os 236 milhões de euros, mais do que duplicando o volume de negócios em moeda local. A insígnia encerrou o ano com 221 lojas.
As principais insígnias - Biedronka, Pingo Doce e Recheio - iniciaram o ano de 2016 com enfoque reforçado na competitividade e crescimento “like-for-like”. Esta determinação conduziu a um desempenho consistentemente forte, trimestre após trimestre, tanto na Polónia como em Portugal, traduzindo-se num aumento de 7,2% das vendas “like-for-like” consolidadas (9% no quarto trimestre). Ao nível do grupo, registaram-se crescimentos “like-for-like” de vendas totais e de quotas de mercado em todas as insígnias.
Na Polónia, a envolvente competitiva manteve-se intensamente promocional, num contexto em que a inflação de produtos alimentares no país foi de 0,7% nos primeiros 11 meses de 2016. A Biedronka definiu como prioridade do ano a consolidação da revisão da oferta iniciada em 2015, promovendo uma abordagem mais integrada e, por isso, mais ágil na adequação às necessidades e aspirações do consumidor. As vendas “like-for-like”, no ano, cresceram 9,5%, impulsionadas principalmente pela evolução do cabaz médio. No quarto trimestre, o “like-for-like” acelerou para 11,9%, refletindo a consistência de um bom desempenho de vendas conjugado com o êxito da campanha de lançamento do cartão de fidelidade.
A Biedronka abriu 83 novas lojas no ano, abaixo das 100 unidades planeadas, resultando num aumento líquido de 55 localizações. Em 2017, o programa de novas lojas incluirá as aberturas em atraso. As vendas da Biedronka aumentaram 6,3% no ano (10,8% em moeda local) para 9.781 milhões de euros. No quarto trimestre, as vendas cresceram 10,5% (13,4% em moeda local).
Em Portugal, onde a inflação alimentar foi de 0,5%, o sector de retalho alimentar manteve-se extremamente competitivo, com as promoções a desempenhar um papel determinante. O Pingo Doce deu continuidade a uma forte dinâmica promocional. A empresa prosseguiu a execução do seu programa de remodelações de loja. O crescimento “like-for-like” (excluindo combustível) foi de 1,2% em 2016 e 1,3% no último trimestre do ano. As vendas totais do Pingo Doce atingiram 3.558 milhões de euros, um aumento de 4,4% em relação ao ano anterior.
As vendas do Recheio subiram 5,9% para 878 milhões de euros. A companhia, suportada pela sua sólida posição competitiva, beneficiou da melhoria registada no segmento Horeca em resultado da forte atividade turística em Portugal. O crescimento "like-for-like" no ano foi de 5% (6,7% no quarto trimestre).